Os privilégios do filho

Andrew Murray (1828 – 1917)

“Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas”, Luc.15.31.

As palavras desse texto nos são muito familiares. O filho mais velho se havia queixado e dito que seu pai fizera um banquete e mandara matar o bezerro cevado para o filho pródigo, mas para ele nunca havida dado nem um cabrito para desfrutar com seus amigos. A resposta do pai foi: “Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas”. Ninguém pode ter uma revelação mais maravilhosa do coração de nosso Pai celestial do que a que é ilustrada por essa frase. Freqüentemente falamos da maravilhosa revelação do coração do Pai em sua acolhida ao filho pródigo e no que fez para ele. Mas aqui temos uma revelação muito mais maravilhosa do amor do Pai no que ele disse ao filho mais velho.

Se desejamos experimentar um aprofundamento da vida espiritual, queremos, por um lado, descobrir claramente qual é a vida espiritual que Deus quer que vivamos e, por outro, devemos perguntar-nos se estamos vivendo essa vida e, se não estamos, o que nos impede de vivê-la plenamente.

Este tema se divide naturalmente em três partes: 1. O alto privilégio de cada filho de Deus; 2. a experiência pobre de muitos crentes, e 3. a causa da discrepância e o caminho para a restauração do privilégio.

 

1. O alto privilégio dos filhos de Deus

 

Temos aqui duas coisas que descrevem o privilégio: Primeira, “Filho, tu sempre estás comigo” – a comunhão constante com seu Pai é sua porção –, e segunda: “Todas as minhas coisas são tuas” – tudo o que Deus pode conceder a Seus filhos é deles.

“Tu sempre estás comigo”; “Eu estou sempre perto de ti; tu podes morar cada hora de tua vida em Minha presença, e todo o que tenho é para ti. Sou um Pai com o coração de um Pai amoroso. Não tirarei nenhuma coisa boa de ti.” Nestas promessas temos o rico privilégio da herança de Deus. Em primeiro lugar, temos uma contínua comunhão com Ele. Um pai nunca envia seu filho para um lugar distante sem lembrar-lhe de que o ama. O pai anela que seu filho saiba que a luz de seu rosto está sobre ele todo dia; que, se ele mandou o filho para a escola ou para lugares a que a necessidade obriga, isso ocorre com um sentido de sacrifício dos sentimentos paternos. Se isso é verdade com um pai terreno, quanto mais com Deus! Acaso Ele não quer que cada filho Seu saiba que constantemente vive na luz de Seu rosto? Nisso está o significado daquela palavra: “Filho, tu sempre estás comigo”.

Esse era o privilégio do povo de Deus nos tempos do Antigo Testamento. Como a Palavra nos diz, “andou Enoque com Deus” (Gn 5.24). A promessa de Deus a Jacó era: “Eis que estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra; porque não te deixarei, até que haja cumprido o que te tenho falado” (28.15). E a promessa de Deus para Israel por meio de Moisés foi: “Irá Minha presença contigo para te fazer descansar” (Êx 33.14). E na resposta de Moisés à promessa, ele disse: “Como, pois, se saberá agora que tenho achado graça aos Teus olhos, eu e o Teu povo? Acaso não é por andares Tu conosco, de modo a sermos separados, eu e o Teu povo, de todos os povos que há sobre a face da terra?” (v. 16). A presença de Deus com Israel era o sinal de sua separação de outros povos. Esta é a verdade ensinada em todo o Antigo Testamento; e se é assim, quanto mais podemos encontrá-la no Novo Testamento? Desse modo, encontramos nosso Salvador prometendo aos que O amam e aos que guardam Sua Palavra que o Pai também os amará e que o Pai e o Filho virão e farão morada neles.

Deixe este pensamento entrar em seu coração: o filho de Deus foi chamado para este bendito privilégio: viver cada momento de sua vida em comunhão com Deus. Ele foi chamado a desfrutar da luz plena de Seu rosto. Há muitos cristãos – suponho que a maioria – que parecem considerar que a obra do Espírito está limitada à convicção de pecados e à conversão e não tanto ao fato de que Ele veio para morar em nosso coração e ali revelar-nos Deus. Ele não veio para morar perto de nós, mas em nós, para que nós sejamos cheios interiormente. A Palavra nos manda ser “cheios do Espírito”, então o Espírito Santo nos manifestará a presença de Deus. Esse é o ensinamento de toda a Epístola aos Hebreus: o véu foi rasgado em dois e, por isso, temos acesso ao Santo dos Santos por meio do sangue de Jesus. Entramos na própria presença de Deus para que possamos viver todo dia com essa presença descansando sobre nós. Aquela presença está conosco onde quer que vamos, e em qualquer tipo de problema temos o descanso tranqüilo e a paz. “Filho, tu sempre estás comigo”.

Há quem pareça pensar que Deus, por alguma soberania ininteligível, aparta Seu rosto. Mas eu sei que Deus ama muitíssimo Seu povo para retirar Sua comunhão dele por qualquer razão. A verdadeira razão de Deus ausentar-se de nós deve ser buscada em nosso pecado e na incredulidade, e não em uma suposta soberania Sua. Se o filho de Deus anda na fé e na obediência, a presença Divina será desfrutada numa comunhão ininterrupta.

Então, temos o próximo bendito privilégio: “Todas as minhas coisas são tuas”. Graças a Deus, Ele nos deu Seu próprio Filho e, em Sua bondade, Ele nos deu todas as coisas que estão Nele. Deus nos deu a vida de Cristo, Seu amor, Seu Espírito, Sua glória. “Tudo é vosso, e vós de Cristo, e Cristo de Deus” (1Co 3.22,23). Todas as riquezas de Seu Filho, o Rei eterno, o Pai as concede a cada um de Seus filhos. “Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas”. Não é esse o significado de todas essas maravilhosas promessas dadas em conexão com a oração: “Tudo quanto pedirdes a Meu Pai, em Meu nome, Ele vo-lo há de dar” (Jo 16.23)? Sim, é. Esta é a vida dos filhos de Deus, tal como Ele mesmo no-la apresentou.

 

2. A experiência pobre de muitos de nós

 

Em contraste com este alto privilégio dos crentes, observa-se a experiência pobre de muitos de nós.

O filho mais velho vivia com o pai e lhe havia servido esses “tantos anos”; mas ele se queixa de que seu pai nunca lhe havia dado um cabrito, ao passo que deu o bezerro cevado ao seu irmão pródigo. Por que aconteceu assim? Simplesmente porque ele não pediu. Ele não cria que o pai lhe daria e, portanto, nunca lhe pediu e nunca desfrutou disso. Ele continuou vivendo assim em murmuração e insatisfação permanente, e a característica de toda essa vida infeliz se resume no que ele disse. Seu pai lhe deu tudo, mas ele nunca desfrutou disso, e ele joga toda a culpa sobre seu amoroso e bondoso pai. Oh, amados, não é essa a vida de muitos crentes? Não são muitos os que falam e agem desse modo? Cada crente tem a promessa de comunhão ininterrupta com Deus, mas diz: “Não tenho desfrutado disso; tenho-me esforçado e feito todo o possível; tenho orado pela bênção, mas suponho que Deus não me considera apto para recebê-la”. Mas por que não? Há quem diga que é a soberania de Deus que retém a bênção. O pai não reteve, em sua soberania, seus dons para o filho mais velho; nem tampouco nosso Pai celestial retém qualquer coisa boa para aqueles que O amam. Ele não faz essa distinção entre Seus filhos. “Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça” (2Co 9.8) foi a promessa feita a todos igualmente na igreja em Corinto.

Alguns pensam que estas ricas bênçãos não são para eles, mas para aqueles que têm mais tempo para dedicar à religião e à oração, ou pensam que suas circunstâncias são tão difíceis, tão especiais que não podemos nem ter idéia de seus muitos obstáculos. Mas você pensa que se Deus os colocou nessas circunstâncias não pode fazer abundar Sua graça em proporção a elas? Eles admitem que Deus poderia fazê-lo se fizesse um milagre, mas eles apenas esperam esse milagre. De certo modo, eles, como o filho mais velho, jogam a culpa em Deus.

Muitos respondem assim, quando lhes é perguntado se desfrutam da comunhão permanente com Deus: “Ai, não! Não tenho consigo alcançar essa altura; isso é demais para mim. Conheço alguns que têm isso e li sobre isso, mas Deus, por alguma razão, não me deu isso.” Mas, por que não? Talvez você pense que não tem a mesma capacidade para a bênção espiritual que outros têm. A Bíblia fala de uma alegria que é inefável e gloriosa (1Pe 1.8) como fruto do crer; de um “amor de Deus [que] está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5.5). Nós o desejamos, não é? Por que não o conseguimos? Temos pedido? Pensamos que não somos dignos de tal bênção – não somos bons o bastante e, por isso, Deus não no-la deu. Há entre nós muitos mais do que imaginamos – ou dos que estão dispostos a admitir – que jogam sobre Deus a culpa de sua cegueira e distanciamento! Tenha cuidado! Tenha cuidado! Tenha cuidado!

E que dizer desta outra promessa? O Pai disse: “Tudo o que tenho é teu”. Você está se regozijando nas riquezas de Cristo? Você está consciente de ter um suprimento abundante para todas as suas necessidades espirituais de cada dia? Deus tem todas as riquezas em abundância para você. “Você nunca me deu um cabrito!” A resposta é: “Tudo o que tenho é teu. Eu te dei em Cristo.”

Querido leitor, temos pensamentos muito incorretos acerca de Deus. Como é Deus? Não conheço nenhuma imagem mais bela e instrutiva do que a imagem do sol. O sol nunca se cansa de brilhar, de derramar seus raios benéficos sobre os justos e os ímpios. Você poderia fechar as janelas com persianas ou cortinas, e o sol brilharia sobre eles de igual modo; mesmo que nós pudéssemos sentar-nos nas trevas – em trevas completas – o brilho seria exatamente o mesmo. O sol de Deus brilha sobre cada folha, sobre cada flor, sobre cada raminho de erva, sobre tudo o que brota da terra. Todos recebem a riqueza da luz do sol até que eles cheguem à perfeição e dêem fruto. Pelo que eu fiz, o sol estará menos disposto a derramar seu amor e vida em mim? Ó sol, quanta beleza ele cria! E meu Deus, não se deleitará em produzir beleza e frutificação também em mim, tal como Ele prometeu fazer? E ainda há os que dizem, quando se lhes pergunta sobre por que eles não vivem em comunhão permanente com Deus: “Deus não a dá a mim, não sei porquê! Essa é a única razão que eu posso dar: Ele não me deu.” Você lembra da parábola daquele que disse: “Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste” (Mt 25.24), “que pedes e exiges o que não deste”? Oh! Deixe-nos examinar e perguntar por que será que o crente vive uma experiência tão pobre!

 

3. A razão da discrepância entre os presentes de Deus e nossa experiência pobre

 

O crente se queixa de que Deus nunca lhe deu um cabrito. Ou, noutras palavras, que se Deus lhe deu alguma bênção, nunca lhe deu uma bênção plena. Deus nunca o encheu de Seu Espírito. “Eu nunca” – diz ele – “tive meu coração como uma fonte, jorrando os rios de água viva prometidos em João 7.38”. Qual é a causa? O filho mais velho pensou que ele havia servido fielmente aqueles “tantos anos” na casa de seu pai, mas estava num espírito de escravidão e não no espírito de um filho, então sua incredulidade cegou-lhe para a realidade do amor e a bondade do Pai, e todo esse tempo ele foi incapaz para ver que seu Pai estava disposto, não só a dar-lhe um cabrito, mas cem ou mil cabritos, se ele os tivesse pedido. Ele simplesmente esteve vivendo em incredulidade, em ignorância, em cegueira, privando-se de privilégios que o Pai tinha para ele. Se há uma discrepância entre nossa vida e o cumprimento e desfrute de todas as promessas de Deus é por alguma falha nossa. Se nossa experiência não é o que Deus quer que seja, isso se deve à nossa incredulidade no amor de Deus, no poder de Deus e na realidade das promessas de Deus.

A Palavra de Deus nos ensina, na história dos israelitas, que a incredulidade deles era a causa de seus problemas, e não alguma limitação ou restrição da parte de Deus. Como o salmo 78 diz: “Fendeu as penhas no deserto; e deu-lhes de beber como de grandes abismos. Fez sair fontes da rocha, e fez correr as águas como rios” (vv. 16,17). Eles também pecaram duvidando de Seu poder de proporcionar-lhes carne. “Falaram contra Deus, e disseram: Acaso pode Deus preparar-nos uma mesa no deserto?” (v. 19). Mais adiante lemos, no versículo 41: “Voltaram atrás, e tentaram a Deus, e limitaram o Santo de Israel”. Eles continuaram desconfiando de Deus de vez em quando.

Quando chegaram a Cades-Barnéia e Deus lhes disse que entrariam a terra que mana leite e mel onde encontrariam descanso, abundância e vitória, só dois homens disseram: “Sim; podemos tomar posse, porque Deus pode dar-nos a vitória.” No entanto, os dez espias e os seiscentos mil homens responderam: “Não, nunca poderemos tomar a terra; os inimigos são demasiadamente fortes para nós.” Foi simplesmente a incredulidade que lhes impediu de entrar na terra prometida.

Se deve haver algum aprofundamento em nossa vida espiritual, devemos descobrir e reconhecer a incredulidade que há em nosso coração. Deus nos concede que obtenhamos socorro e que vejamos que é nossa incredulidade que tem impedido Deus de fazer Sua obra em nós. A incredulidade é a mãe da desobediência e de todos meus pecados e fracassos – minha ira, meu orgulho, minha falta de amor, meu mundanismo, meus pecados de todo tipo. Apesar de esses se diferenciarem na natureza e na forma, ainda assim todos eles vêm de uma mesma raiz, que é não crer na liberdade e na plenitude do dom divino do Espírito Santo para morar em nós, fortalecer-nos e encher-nos da vida e da graça de Deus todo o dia.

Observe, rogo-lhe, o filho mais velho, e pergunte qual foi a causa daquela diferença terrível entre o coração do pai e a experiência do filho. Não pode haver nenhuma outra resposta, exceto que foi a incredulidade pecaminosa o que cegou completamente o filho para a realidade do amor de seu pai.

Querido crente, quero dizer-lhe que se você não está vivendo no gozo da salvação de Deus, a única causa é sua incredulidade. Você não crê no poder de Deus Todo-Poderoso e não crê que Ele está disposto, por Seu Espírito Santo, a produzir uma mudança completa em sua vida e a capacitá-lo para viver em plena consagração a Ele. Deus está desejoso de que você viva assim, mas você não o crê! Se os homens realmente cressem no amor infinito de Deus, que mudança isso produziria! Que é o amor? É o desejo de entregar-se pelo bem do objeto amado – é o contrário do egoísmo, como lemos em 1 Coríntios 13: “O amor não busca os seus interesses” (v. 5). A mãe está disposta a sacrificar-se pelo bem de seu filho. Assim também Deus, em Seu amor, está sempre disposto a distribuir bênção; e Ele é onipotente em Seu amor. Isto é verdadeiro, meu amigo: Deus é onipotente em amor, e Ele está fazendo todo o possível para encher cada coração.

“Mas se Deus está realmente disposto, e se Ele é Todo-Poderoso, por que Ele não o faz agora?” Você deve se lembrar de que Deus lhe deu uma vontade, e pelo exercício dela você pode obstaculizar Deus e permanecer conformado, como o filho mais velho, com uma vida pobre de incredulidade.

Vejamos agora a causa da diferença entre a alta e abundante provisão de Deus para Seus filhos e a experiência pobre e triste de muitos de nós na incredulidade que desconfia e entristece.

 

4. O caminho da restauração, como se realiza?

 

Todos conhecemos a parábola do filho pródigo, e sabemos que muitos sermões têm sido pregados sobre o arrependimento naquela parábola. Dizem-nos que “tornando em si, disse: (...) Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti” (Lc 15.17,18). Na pregação, falamos disso como o primeiro passo de uma vida mudada – conversão, arrependimento, confissão e retorno a Deus. Mas, assim como este é o primeiro passo para o filho pródigo, devemos recordar que é também o passo a ser seguido por Seus outros filhos que erram – por aqueles noventa e nove “que não necessitam arrependimento”, o que, pelo menos, assim o pensam. Aqueles cristãos que não entendem quão má é sua pobre vida religiosa devem ser ensinados que isso é pecado – incredulidade – e que é necessário que eles sejam trazidos ao arrependimento tal como o filho pródigo.

Vocês têm ouvido muito acerca do arrependimento que se prega ao inconverso; mas quero agora tentar pregá-lo aos filhos de Deus. Temos um quadro de muitos filhos de Deus nesse filho mais velho. O que o pai lhe disse para representar seu amor, um amor não inferior ao que sentia pelo pródigo, é o mesmo que diz a nós, que nos conformamos com uma vida tão pobre: “Tu deves arrepender-se e crer que Eu te amo, e que tudo o que tenho é teu”. Ele diz: “Por tua incredulidade tu me tens desonrado, vivendo por dez, vinte ou trinta anos, sem crer o que é viver na bem-aventurança de meu amor. Tu deves confessar que me tens ofendido nisso, e deves se tornar verdadeiramente quebrantado, numa contrição de coração tal como meu filho pródigo.”

Há muitos filhos de Deus que necessitam confessar que, ainda que sejam Seus filhos, nunca creram que as promessas de Deus são verdadeiras e que Ele está disposto a encher-lhes o coração todo o dia com Sua presença bendita. Você tem crido nisso? Se não é assim, todo o nosso ensinamento não terá nenhum proveito para você. Você não dirá: “Com o socorro de Deus, começarei agora uma nova vida de fé, e não descansarei até saber o que significa uma vida assim. Crerei que estou na presença do Pai a cada momento, e que tudo o que Ele tem é meu”?

Que o Senhor, nosso Deus, produza esta convicção no coração de todos os crentes frios. Alguma vez você ouviu a expressão “uma convicção para a santificação”? Você sabe, o homem inconverso necessita uma convicção antes de sua conversão. Assim também o cristão que tem seu entendimento cegado necessita convicção antes e para a santificação, antes de que ele venha a uma percepção real da bem-aventurança espiritual. Ele deve ser convencido, pela segunda vez, de sua vida pecaminosa de dúvidas, de seu caráter iracundo e de sua falta de amor. Ele deve ser quebrantado sob essa convicção; somente então haverá esperança para ele. Que o Pai de misericórdia conceda tal contrição profunda, para que eles sejam conduzidos à bem-aventurança de Sua presença e desfrutem da plenitude de Seu poder e amor!

(Traduzido por Francisco Nunes de um excerto em espanhol de The Deeper Christian Life elaborado por Andrew Webb. Revisado por Paula Sedano. Extraído de Águas Vivas. A ética cristã recomenda que você não utilize este texto sem citar o autor e a fonte.)

José Mateus
zemateus@msn.com