Uma carta aberta a todos os irmãos

Uma carta aberta a todos os irmãos

KJELL OLSEN

Amados em Cristo Jesus,

Escrevo-vos esta carta com um peso enorme no meu peito. Sim, a poderosa mão do Senhor está sobre mim e não me posso mais manter em silêncio.  Até mesmo o Senhor nos disse para andarmos na luz, revelando tudo o que sentimos, sendo nós agora filhos da Sua luz.

Irmãos, a grande questão só podia ser o apóstolo Paulo e sua campanha difamatória contra mim. Escreveu tanto a vós como a outros, dizendo que o abandonei, chegando mesmo a dizer na sua carta que “amo o presente século”. É-me muito doloroso, mas tenho de expor toda a verdade como ela é, mesmo que muitos de vós venham a achar que eu não mais considero e estimo Paulo como apóstolo. Preciso de confessar-me diante de vós, porque a dor tomou conta de todo meu coração. Nunca iria sequer imaginar um dia ter de vir a pegar numa caneta e num papel para divulgar tudo aquilo que Paulo faz e diz há já muito tempo e que de vós, na vossa maioria, se encontra oculto, ou por serem ainda ignorantes ou porque o amam.

A minha sincera oração (com as minhas muitas lágrimas que se devem a ter de escrever esta carta) é que esta carta aberta a todos os irmãos seja usada por Cristo pessoalmente para vos mostrar como Paulo de facto já se desviou de toda a verdade, desviando-se do Senhor para seguir o seu próprio caminho. A linguagem aqui usada é branda se comparada com aquela que ele faz uso contra muitos outros, eu incluído, que em vez de sermos amantes do mundo como ele diz, conseguimos cair em nós e deixá-lo ao abandono por acharmos que não tem mais futuro como servo de Deus. Descansem, irmãos, porque esta carta não nasceu devido a um qualquer ressentimento contra ele ou outros mesmo. Nasceu devido a uma muito nova experiência com Cristo em pessoa e com a minha própria consciência. Levem isto que vos relato diante do altar do Senhor, como acho que fazem com todas as suas muitas cartas, pondo todas as coisas à prova da luz. Vou agonizar agora naquilo que considero ser um dever doloroso o ter de trazer à luz o verdadeiro Paulo e de tudo aquilo que se passou entre mim e Deus, tal como umas quantas questões de interesse inegável para todos vós. Ó Senhor, dá-me forças para fazer isto, compaixão e um coração honesto e adiciona Tua grande bênção a estas verdades, por muito dolorosas que possam ser!

1.  Entreguei todo meu corpo, alma e espírito ao árduo trabalho do Senhor. Durante largos anos tenho conhecido e reconhecido o meu Salvador, alguns dos quais foram juntos com Paulo. Tanto na sua carta aos Colossenses como a Filémon (onde descreve-me como um dos tais “meus cooperadores no reino de Deus”, passo a citar). Ele apenas fazia uso de tais palavras em relação a Lucas, Filémon, Priscíla e Áquila e Apolo. Isso significa que lhe fui fiel.

2. Como seu cooperador fui-lhe fiel e também ao Senhor, mesmo que agora me difame, não tem o que me apontar senão apenas que “amei o presente século”. Nada tem a apontar e dizer de mim nestes muitos anos de cooperação.

3. Tudo deixei para trás para seguir Paulo, arriscando a minha própria vida, permanecendo por longos períodos longe da minha família (coisa a que Paulo muito incita por não ter uma família sua!)

4.  Depois de tanta dedicação e carinho ao trabalho do Senhor, sou agora tido e visto como uma péssima pessoa que todos precisam evitar. Paulo diz em suas cartas que deixei o Senhor, sendo pura mentira, amando mais o presente mundo! Longe de mim, irmãos esteja tal coisa, pois a verdade é que conta – é precisamente o contrário e, ponto a ponto, verão que é Paulo e não eu quem se desviou, caindo na presunção e desonestidade, nas próprias trevas.

5. Antes mesmo de entrar em quaisquer detalhes pormenorizados sobre todo o seu mau raciocínio sobre muitas coisas, permitam-me primeiro com aquilo que está aqui mesmo à mão demonstrar aquilo que Paulo é na verdade: um ditador que não permite qualquer opinião diferente da sua, (o que Paulo faz transparecer muito bem, como se tudo aquilo que tem a dizer de verdadeiros e irrefutáveis oráculos de Deus se tratasse apenas porque é Paulo quem fala!) a) A sua afirmação (e todo o seu conteúdo!) é que “Procura vir ter comigo breve, pois Demas me abandonou, tendo amado o mundo presente, e foi para Tessalônica…”; O meu coração dói-me muito apenas de ler esta triste afirmação dele repleta de nefastas insinuações, muitíssimo levianas mesmo! Paulo caiu naquela tendência de avaliar à luz dos seus termos muito absolutistas e quando as pessoas não concordam com ele, adopta uma linguagem repulsiva que diz “à minha maneira se não vão para o inferno!” Esta postura muito própria dele tornou-se particularmente repulsiva e extenuante para mim. b) Tomem nota de como Paulo fala a Timóteo, como se fosse tudo, Deus incluído, dizendo “Procura vir ter comigo breve”, isto é, imediatamente! Como é triste de se ver como vidas podem ser controladas pelo próprio homem interior! E isto tudo manifestando-se num homem amado por todos, em quem muitos confiam! (Espero, no entanto, meus amados irmãos, poder contribuir para que se revele a todo mundo a verdadeira natureza deste que consideram um grande homem por todo lado!) c) Prestem atenção de como Paulo usa as palavras para que me venham a culpar apenas por associação a ele! A infeliz associação ao meu nome com as suas tristes palavras, vindas de quem vêm, que dizem claramente “tendo amado o presente mundo”, acusam-me de haver deixado e abandonado Deus apenas por me haver afastado dele! Nunca nenhuma “verdade” esteve tão longe de o ser como esta! Depois de tantos anos de busca e rebusca interior, de buscar o verdadeiro Messias, decidi seguir antes ao Senhor e deixar Paulo com as suas ideias! Quero que vejam como cumpro diligentemente (ao contrário daquilo que ele diz de mim) o mandamento do Senhor de, passo a citar, “buscar primeiro o reino de Deus e toda a sua Justiça” acima de tudo e tão só! Paulo foi sempre fazendo parte desse acima de tudo, mas agora, glorifico a Deus porque deveras me libertei desse pecado. E quão bela é esta nova liberdade encontrada, esta grande bênção, o brilho da verdade e o saber que agora apenas sigo a Cristo e a nenhum homem! d) Paulo usa a mesma palavra que o Senhor usou quando faleceu, isto é, "enkateleipo", quando disse “meu Deus, porque me abandonaste”. Até teria muita graça, se não fosse uma mentira tão trágica, não estivesse Paulo a igualar aquilo que fiz com aquilo que Lhe fizeram a Ele! Esta é uma clara demonstração de como Paulo se ilude acerca de si mesmo, fazendo prevalecer a ideia de que, se eu seguir a minha consciência, sou por ele igualado a Quem deixou o Senhor morrer naquela Cruz do Calvário! Apenas fui para Tessalônica, seguindo aquilo que o Senhor pôs em meu coração, devendo isso até à minha consciência. e) Note-se de como Paulo necessita que pessoas lhe assistam a sentir-se seguro em si mesmo. Não será por essa razão que pede a Timóteo para ir ter com ele rapidamente? E se Timóteo tiver que fazer algo para Deus? Ele pede que lhe digam sempre “sim, senhor Paulo!” pois de outra maneira nunca teria como se sentir seguro de si, crendo assim que Deus está com ele! Vêm como Paulo se diluiu em si, no seu engano? f) Tudo deve ser visto dentro dum certo contexto do qual eu me recuso participar, nomeadamente, Paulo agarrando num texto das Escrituras Sagradas e levando pessoas a submeterem-se a tudo aquilo que ele diz apenas porque faz uso das Escrituras! Examinem o resto da sua carta a Timóteo e vejam como se lamenta dizendo “Bem sabes isto, que me abandonaram todos os que estão na Ásia, entre eles Fígelo e Hermógenes”. Como vêm, todos acabam por abandoná-lo, conforme se vão abrindo os seus olhos. Ao dizer “Bem sabes isto”, o próprio Paulo admite mesmo que tudo o que se passa na Ásia é do conhecimento de todos e sei de pelo menos sete igrejas lá na Ásia (com as quais João contacta). Notem que Paulo não afirma que as igrejas da Ásia abandonaram o evangelho como o faz comigo – apenas insinua que assim é! Esta maneira de insinuar as coisas é triste da sua parte, muito infeliz mesmo! É este o mesmo Paulo que há bem pouco, recomendou a Igreja em Éfeso à graça divina, sendo claro que o seu apostolado está decadente? g) Na mesma carta a Timóteo, (Ó irmão Timóteo, não te entristeças em demasia quando leres estas coisas que escrevo para teu bem, pois esta é uma humilde súplica à razão, um solene grito de retorno à verdade que apenas se acha em Cristo e em nenhum outro homem), descobrimos Paulo a queixar-se outra vez, “Alexandre, o latoeiro, me fez muito mal; o Senhor lhe retribuirá segundo as suas obras, tu também guarda-te dele; porque resistiu muito às nossas palavras”. Nesta afirmação sem igual, Paulo só revela tudo aquilo que ele é de facto. Não suporta a critica, vendo e tendo qualquer conselho contra ele como se duma oposição ao próprio Cristo se tratasse! Como se pode não ver este tom retributivo naquilo que diz e afirma, acrescentando até palavras como “o Senhor lhe retribuirá segundo as suas obras!” Que infâmia! Se acham isto grave, nada é se compararmos com outras maldições blasfemas que ele já pronunciou sobre outros críticos seus! Ninguém pode ensinar, nem insinuar, outra doutrina que não a sua! Na sua carta aos Gálatas, lemos duas vezes maldições proferidas contra quem não o segue! Já convivo com lideres religiosos que antes nos denominavam de “sectários”. Se fossemos culpados diante de Deus não teríamos sobrevivido à honestidade dos muitos inquéritos a que fomos sujeitos. Irmãos, não se deixem enganar pelo espírito sectário de Paulo, pois ele é culpado naquilo que ele próprio diz para os Gálatas não fazerem, nomeadamente das obras da carne, como diz ele “Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são: as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos”. A minha ardente súplica, depois de intensos momentos em oração, é que esta carta venha a contribuir para a separação entre Paulo e a igreja, porque senão toda a igreja será desgraçada diante dos olhos dos homens. Notem que até recomenda a Timóteo para se cuidar do Alexandre. Noutras palavras, Paulo espera de todos os crentes que sigam as suas pisadas quando declara que alguém é para si persona non grata! Se permitirmos que continue neste espírito, famílias inteiras poderão sofrer com divisionismos entre si. As suas palavras “me fez muito mal” quer apenas dizer que são “informadores” e informar para ele é blasfemar. Lembrem-se que este mesmo Alexandre é jogado no mesmo saco com Himeneu, dos quais diz que “os quais entreguei a Satanás, para que aprendam a não blasfemar”. Irmãos, que mais necessitam como prova clara que Paulo tem uma atitude reprovável contra irmãos em Cristo que apenas adoptaram um ponto de vista diferente do seu? Permitam-me continuar. h) Poderão estar a questionar-se sobre que razões me levaram a ser tão drástico separando-me de Paulo, precisamente agora que está preso e em necessidades claras. Que me permitam esclarecer que não me sirvo de nenhum ressentimento contra ele para o fazer, mas que sinto muito ele estar a passar tempo na prisão (quem sabe Deus está a isolá-lo para que não espalhe mais heresias!) Mas deixem-me dizer que, de certa maneira, Paulo é vítima das suas muitas profecias! Sempre se ouve Paulo referir-se “ao que irei sofrer” e nem as muitas palavras de irmãos conceituados e aceites por todos o convenceram a evitar ir ser levado para Roma. Penso pessoalmente que Paulo tem algum problema em entender o que lhe dizem e por isso sofre dolorosamente e de forma sádica por culpa própria – é seguramente sadomasoquista por natureza, pois nenhum outro pronome poderá defini-lo melhor. (Mais adiante me desviarei para as suas muitas tendências politicas, razão pela qual as autoridades poderão estar a investigá-lo tão intensivamente!) Porque abandonei Paulo então? Só sei que O próprio Senhor Jesus me fez despertar duma realidade e decepção na qual vivi por muitos anos sob Paulo. Mais afirmo que o machado está prestes a cortar a árvore de Paulo. Não desejo de modo algum a sua morte, pois retirei-me estrategicamente para que não me vejam como um associado dum criminoso. Concluindo que Paulo se desviou para uma convincente auto-engano, vi que seria muito injusto da minha parte para com a igreja e para com a minha família continuar assim nesta péssima associação com ele. É melhor retirar-me para Tessalônica, pois a igreja lá necessita da minha presença e ajuda nestes tempos de provação. Apenas decidi ser obediente ao meu Senhor e Mestre e não mais a Paulo! Pois até o Senhor escapou para não ser preso quando sabia que não chegara a sua vez de morrer por todos nós. Podeis ver então como é mentira o que ele afirma de eu me haver deixado levar pelo seu suposto amor ao presente século. Que Deus tenha muita misericórdia de Paulo, para que ele deixe de estar assim enganado e que se prove fiel a todos que, como eu, não se deixaram levar no seu engano. Podemos vir a ser considerados como ex-Paulistas decepcionados, mas com toda a certeza que estamos, agora sim, a estender para longe o manto da Sua salvação e Reino em vez de pertencer ao restrito grupo dum certo império dum só homem.

6. E agora vou tocar nalguns pontos mais graves sobre Paulo. Quero que saibam que me dói imenso estar a fazer isto e que choro por ter de estar a cumprir com o meu dever, mesmo sabendo que não irei ser bem aceite por muitos homens de sabedoria. Agora, irmãos, vos anuncio a verdade real sobre o verdadeiro Paulo que não conhecem, de como dia após dia está cada vez mais compenetrado no seu erro. Já é tempo de alguém restituir a autoridade do Messias ao Próprio, para que a inflacionada imagem deste homem carnal e sem escrúpulos (como ele mesmo diz aos Romanos!) seja retirada das mentes daqueles que temem a Deus de verdade! Que todos os Jeremias tementes a Deus ousem verdadeiramente “arrancar e derribar, para destruir e arruinar; e também para (depois) edificar e plantar” nos corações de todo o povo abençoado de Deus.

7. Por sorte Paulo muitas vezes se manifesta tal qual ele é. Tomem como exemplo, irmãos, a arrogância com que se manifesta à igreja de Corinto sobre o casamento. (Alguns de lá informaram-me que se sentem muito atingidos por este espírito anti-família de Paulo, pelo peso que as suas doutrinas têm sobre as pessoas como apóstolo). Na sua primeira carta escreve como se fosse Deus cá na terra, pois diz que “Todavia, aos casados, mando, não eu mas o Senhor (…) Mas aos outros digo eu, não o Senhor…” Como ele nunca conviveu com o Senhor, nem com os outros apóstolos, nunca ouviu as palavras do Senhor que apenas e sempre que “Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma; como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, porque não procuro a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”. Paulo claramente distingue entre aquilo que ele próprio pensa e aquilo que pensa Quem ele diz seguir! Tragicamente, muitos se desviaram com ele em Corinto, pois nunca vão saber que é um pretensioso falso apóstolo enquanto seguirem os seus muitos conceitos como palavras do próprio Deus. Eu estava presente quando escreveu a sua segunda carta à igreja em Corinto. Mas, como lamento não haver-me manifestado contra ele naquele tempo! Diz, por exemplo, “O que digo, não o digo segundo o Senhor, mas como por insensatez, nesta confiança de gloriar-me”! Quão arrogante é este homem! Nem o nosso Senhor falou “por insensatez” como Paulo o faz, nem tão pouco mencionava a sua destreza e habilidade e feitos conseguidos – e foram muitos! Ele fornece um tipo de “pedigree” a tudo aquilo que ele próprio faz! Este Paulo nada tem de igual com o nosso Moisés que foi considerado como o homem mais doce na face da terra! E nós todos deveríamos era seguir as pisadas de tais homens em vez de nos gloriarmos! Na sua carta aos Filipenses, por exemplo, transparece a arrogância que lhe é muito peculiar. Parece que temos todos de limpar o chão onde pisou, encurvando-nos aos seus feitos e opiniões! Comparemo-lo com os outros demais apóstolos. Nos quatro relatos sobre Jesus tanto por Mateus, como por Lucas, Marcos e João, nada vemos de auto-referências descabidas. Apenas muito raramente se vê Lucas mencionar-se humilde e encobertamente “pareceu-me bem escrever-vos” e no fim daquilo que escreveu João, ele fala apenas e tão só nele próprio como “o discípulo que o Senhor amava”. Quão grande é a diferença entre eles e Paulo que nunca se cansa de usar palavras como “EU” e “MIM”! Nada menos que 949 vezes! É um absurdo! Só num lugar da sua segunda carta aos Coríntios, tem a audácia de se enumerar sete vezes numa só frase e falar de si nada menos que sessenta vezes num trecho apenas! Se ele lesse como Samuel falou de Saúl que também foi cheio do Espírito Santo de nada lhe tendo valido isso, talvez aprendesse algo para ele mesmo, pois foi-lhe dito que “quando ainda eras pequeno aos teus próprios olhos” – e todos os que lemos e interpretamos as Escrituras sabemos qual foi o seu fim! É isto que leva Paulo àquela obsessão de provar que é apóstolo, desculpem, o mais trabalhador de todos eles!

8. Aos crentes em Roma ele escreveu “Comprazo-me, portanto, em vós”, o que, irmãos nem necessita ser comentado! Conforme disse o nosso Senhor, segunda o que João escreve, “Respondeu-lhes Jesus: A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou. Se alguém quiser fazer a vontade de Deus, há de saber se a doutrina é d’Ele, ou se eu falo por mim mesmo”. Ele mesmo se manifesta como um falso humilde! Não é isso que transparece da sua segunda epístola aos Coríntios quando diz “Ora, julgo que em nada tenho sido inferior aos mais excelentes apóstolos”? Será este o mesmo Saulo de Tarso a quem o Senhor quis revelar que deveria deixar de se achar “em nada inferior” nem mesmo ao Senhor? Apenas para confirmar esta ideia, considerem a sua fonte herética onde chega a dizer descaradamente “segundo o meu evangelho! Onde já se viu tal coisa? Nem o Messias do nosso coração se atreveu a fazer uso de tal linguagem, pois nunca O ouvimos falar assim nesses termos, dizendo “o Meu evangelho”! Como posso continuar seguindo um homem assim? Parece que detém toda a verdade – apenas ele e seu clube de fãs!

9. As suas opiniões politicas são radicalizadas ao extremo, corrosivas e sedutoras. Recordemo-nos que se encontra preso não pela “sua” exclusiva fé, mas sim porque todos sabem que ele, onde entra, provoca desacatos aos quais nem Marcos se sujeitou por muito tempo. Paulo é uma pessoa hiper-consciente da cidadania do Império, abusando ao mesmo tempo dele em variadíssimas ocasiões. Pelo menos uma vez intimidou um comandante romano com as suas credenciais quando este o mandou torturar para retirar dele os segredos das suas muitas actividades. Muitos irmãos acham que ele, Paulo, não se submete a nenhuma autoridade, outros acham que ele promove a dissensão com as autoridades para que o “seu evangelho” se espalhe ainda mais!

10.Voltemo-nos agora para as muitas contradições em afirmações escritas por Paulo. Ele escreve aos Coríntios que “em tudo tento agradar aos homens”; mas quando escreve aos Gálatas diz que “Pois busco eu agora o favor dos homens, ou o favor de Deus? ou procuro agradar aos homens? se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo!” Será que é incoerente, ou mudou de táctica? Ele contradiz as Palavras do próprio Messias ao dizer, por exemplo, “Porque foi para isto mesmo que Cristo morreu e tornou a viver, para ser Senhor tanto de mortos como de vivos”, quando o Senhor diz “Ora, ele não é Deus de mortos, mas de vivos” apenas. Mais, muitas das suas afirmações são extremamente enganadoras, se não forem explícitas no texto das Escrituras e apoiadas através de outras fontes de revelação. Consideremos, como exemplo, aqueles que morreram na praga de Midian, em Num.25:9. Lemos “Ora, os que morreram daquela praga foram vinte e quatro mil”. Agora comparemos essa afirmação histórica confirmada naquilo que Moisés escreveu, com o que Paulo afirma em 1 Cor. 10:8. Ele errou apenas em mil, pois diz que “e caíram num só dia vinte e três mil!” Ele bem clama para que nos abstenhamos de leis, mas não pára de aplicar novas normas e regras a todos. Exige silêncio total na hora dos cultos e chega a dizer às mulheres de Corinto que nem se atrevam a falar nas reuniões, mas para se manterem submissas porque Eva foi criada depois de Adão! E até acrescenta as palavras “como está na lei!” Não acham no mínimo estranho que ele vá buscar coisas aos costumes Hebraicos e se desdenhe dos mesmos quando muito bem lhe convém? Não disse o Messias para não aprendermos a invalidar os mandamentos de Deus através de preceitos vindos de homens? Então nada de estranho haverá em Paulo antagonizar-se e insurgir-se contra Pedro a quem o Senhor constituiu pessoalmente chefe da igreja, isto por causa da circuncisão e depois vai circuncidar Timóteo para agradar aos Judeus? E também sabemos daquele infeliz incidente quando rapou a sua cabeça. Quem temia ele, a quem quereria agradar?

11.Paulo não se dá com outras pessoas, nem mesmo com aqueles que com ele cooperam e lhe são próximos. Sabemos dos seus conflitos com Barnabé. Tenhamos em conta que, de acordo com o que Lucas escreveu, “foi o Espírito Santo” quem os juntou! Seria de assumir claramente, estando eu ainda a recolher muitas evidencias nesse sentido dos muitos ex-Paulistas que já existem, que assim que as pessoas se apercebem de quem Paulo é de facto, acabam sempre por “abandoná-lo” às suas ideias. Existem algumas excepções, como não podia deixar de ser, daqueles que por norma não abandonam ninguém, por muito desacreditados que tais seres se encontrem. Timóteo e Tito ainda cairão em si, mas agora ainda temo que mesmo sendo o Senhor em pessoa a falar-lhes dos seus erros, não teriam ouvidos para ouvir. Estão de tal modo presos a um erro sistemático que dificilmente se irão escapar a tempo de evitar maiores danos para a propagação do evangelho que se quer puro. Algo mais sobre o azedume contra Barnabé. De facto, algo de errado há que ter Paulo, pois se mesmo Barnabé estava cheio do Espírito e chegou a ser comissionado pela própria igreja se afasta dele! Porque não entregou ele Barnabé a Satanás também?

12.Detesto fazer e dizer estas coisas, mas a minha consciência a isso me instiga. Paulo é dado à mentira até! Acreditem irmãos, pois é verdade. Está tão seguro de si que se entrega à mentira para manter todos os seus pontos de vista. Talvez defenda apenas que são apenas inverdades necessárias na manutenção do “seu evangelho”! Nota-se isso durante aquela importante assembleia do concelho de toda a igreja em Jerusalém. Sabem que nos foi recomendado que nos “abstenhamos das contaminações dos ídolos, da prostituição, do que é sufocado e do sangue”. Mas quando Paulo escreveu aos Gálatas, ele propositadamente disse-lhes que apenas lhe havia sido recomendado “que se lembrasse dos pobres”. Ele perverteu todos com isso, pois muitos poderiam comer coisas sacrificadas aos demónios. Ele nem sequer obedece às directivas da Igreja em Jerusalém! Depois diz ainda em várias ocasiões “Digo a verdade em Cristo, não minto, dando testemunho comigo a minha consciência no Espírito Santo”. Que ele mente pode ser não só comprovado por aquilo que está escrito no manifesto do concelho da Igreja, como também mentiu diante do Rei Agripa. Nas duas ocasiões onde ele relata a sua conversão no caminho para Damasco, Jesus disse-lhe para entrar na cidade e que ali alguém lhe diria o que fazer, (acho que foi a única vez que Paulo ouviu alguém, de nome Ananias!) Ele tentou sempre embelezar aquela que foi apenas uma simples conversão embebida na misericórdia de Deus, para corroborar a seu “apostolado”. Lucas, um médico amado a quem muito devemos prezar, escreveu que Paulo disse a Agripa que o Senhor lhe havia dito, “mas levanta-te e põe-te em pé; pois para isto te apareci, para te fazer ministro e testemunha tanto das coisas em que me tens visto como daquelas em que te hei de aparecer; livrando-te deste povo e dos gentios, aos quais te para lhes abrir os olhos a fim de que se convertam das trevas à luz, e do poder de Satanás a Deus, para que recebam remissão de pecados e herança entre aqueles que são santificados pela fé em mim”. Antes, como mais lhe convinha não disse a mesma coisa, pois agrada-se de dizer as coisas conforme mais lhe convierem! Por essa razão o Festus clamou, na companhia do excelentíssimo Rei Agripa, “Estás louco, Paulo; as muitas letras te fazem delirar”. Embora naquela altura me tivessem magoado as suas palavras contra Paulo, agora entendo que não estão totalmente desprovidas de razão! Pensem nisto que ele diz: “Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns”. Esta confusão múltipla de formas de salvar gente é precisamente o que caracteriza quem é demagogo e fanático por persuasão. Ele mente quando lhe convém e altera a verdade para não achar que mente. Daí que nos seja impossível aceitar as suas formas de trabalhar.

13.Não me levem a mal se questionar as questões monetárias de Paulo, tal como outros já fazem. Alguns dizem que a Epistola aos Filipenses em vez de servir para assegurar a espiritualidade dos crentes, não é mais do que um bilhete de agradecimento. Quando usa a palavra “comunhão” no prefácio, refere-se ostensivamente ao contributo material do qual foi alvo. Desafortunadamente, Paulo não se acha na responsabilidade de dizer o que é que faz com o dinheiro que sempre recebe. Ele é deveras carente e sabe mexer nas consciências mais frágeis do rebanho para arrebatar-lhes muita coisa. Existem muitos pormenores clamando para serem apurados, mas não quero estar a levantar qualquer suspeita mais ou menos infundada. No entanto, é claro que Paulo me desapontou, mentiu em muitas ocasiões ostensivamente e não seria pois de admirar que o seu carácter desviado o tenha conseguido fazer refém da sua astúcia e amor pelo dinheiro.

14.A sua suposta bravura também pode ser questionada. Paulo estaria na disposição de cooperar com autoridades pagãs quanto lhe convinha, especialmente se isso o pudesse livrar de algo. O mesmo homem que disse a Ágabo que “eu estou pronto não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus”, apelou a César quando o clima aqueceu, ao homem mais assassino e ao homem mais sedento de ver sangue inocente derramado, isto é, Nero. Isto será o cúmulo da hipocrisia, principalmente para quem recomendou, isto é, mandou à igreja em Corinto que nunca buscassem justiça diante dos pagãos, mas que resolvessem todos os casos entre eles! E para alargar esta mentira ainda mais, Paulo diz que um anjo lhe apareceu no barco que o transportava que ele “deveria comparecer diante de César”! Até aos anjos ele elege com seres que se devem sujeitar àquilo que diz! Que absurdo!

15.Questionemos os seus dons de liderança. Com a excepção das suas muitas cartas, não existe qualquer outra corroboração de qualquer outro apóstolo ou líder que afirmem Paulo com apóstolo. Nunca foi um dos doze sequer. Paulo sabe que lhe seria muito penoso entrar no restrito grupo dos doze, daí que se ache na posição de dizer que “não consultei carne nem sangue”. Que honroso para ele! Por essa razão diz também “mesmo se eu não sou apóstolo para os outros, ao menos para vós o sou; porque vós sois o selo do meu apostolado no Senhor. Esta é a minha defesa para com os que me acusam”. Paulo nunca se humilhou ao ponto de se achar capaz de servir para pastor dum qualquer rebanho. De facto, em nove de treze cartas suas é ele quem se impõe como apóstolo, apelando a que todos creiam e saibam que foi escolhido por soberania divina. Por isso relata aos Coríntios que “Ora, julgo que em nada tenho sido inferior aos mais excelentes apóstolos” e “como a verdade de Cristo está em mim, não me será tirada glória nas regiões da Acaia”. Não vêm semelhanças drásticas com aquilo que por norma vemos em charlatães lideres do ocultismo, dos quais já desde longa data se vê infiltrarem-se em Israel? É de partir nosso coração ver como Paulo ainda mantém a sua credibilidade decadente diante de muita gente culta!

16.Não será necessário pedir a Deus muito discernimento para ver que Paulo também sofre de algumas perturbações ou anormalidades sexuais! Um simples exame ao que diz aos Coríntios logo transparece que algo de errado existe de facto nele. Por exemplo, ele mantém a ideologia rebelde que a instituição do casamento é apenas a segunda opção nos valores da sua própria opinião. Se te perturbares sexualmente, casa-te, diz Paulo. Ele deseja que todos fossem que nem ele, um solteiro! Poderia até divagar sobre a opinião que tenho de quem se opõe por norma ao casamento entre homem e mulher, mas prefiro não abandalhar a minha e vossa mente pura com o lixo de suposições maliciosas. 

Peço-vos irmãos que não sintam remorsos por Paulo se encontrar preso (por culpa própria, por não ter obedecido ao Espírito Santo, mesmo havendo Deus se esforçado tanto para mandar um profeta ir ter com ele havendo esse facto passado despercebido a muitos). Li num documento escrito por Lucas que Paulo estaria “constrangido no espírito, a ir para Jerusalém, não sabendo o que ali aconteceria”, passo a citar. E também lemos que “eles pelo Espírito diziam a Paulo que não subisse a Jerusalém”! Paulo quando quer mostra-se obstinado no ouvir e nunca mostra aquele carácter manso de quem ouve. Já é tempo de nos questionarmos sobre questões reais como estas, irmãos, pois Paulo começou a afundar assim que não deu ouvidos aos muitos apelos de homens reconhecidamente santos mandados por Deus!

E por fim, suplico-vos irmãos que não me levem a mal ter escrito estas coisas, pois apenas desejo que não mais venham a ser enganados, melhor, vituperados por este homem. Poderão averiguar por vós mesmos como muitos dos seus mais íntimos cooperadores se afastam dele e de como congregações inteiras o deixaram, uns para seguirem a outros, mas muitos para seguirem Cristo, (1Cor.1:12). Talvez Deus ainda lhe conceda misericórdia ao ponto de ver o arrependimento que necessita. Só assim, apenas quando houver feito uma confissão pública e completa, desde que não seja algo forjado, será alvo do louvor dos homens outra vez. Ele não pode mais balançar na sua anterior conversão, (como sempre faz). Os tempos avançaram e mudaram, mas Paulo retardou-se e colidiu com a Rocha. O único caminho que antevejo para ele, será o da humilhação perante as únicas autoridades da igreja que reconheço como tais, arrependendo-se publicamente dos seus muitos pecados subtis. Exorto-vos a não mais se associarem a ele, pois é muito auto-motivado. O bom Nome do Senhor está sob a ameaça cruel de perder toda a credibilidade por causa deste homem. Prevejo, mesmo não me considerando profeta sequer, que Paulo terá um fim miserável onde irá experimentar a ira de Deus e o seu nome será banido da história de toda a nossa igreja. Se chegar a ser lembrado, será tão só para nos envergonhar perante todos.

Do vosso querido irmão que muito ama ao Senhor Jesus!

Demas

NOTA DO AUTOR

No início deste ano, preguei um sermão sobre “o poder das palavras”. Os três pontos a realçar eram a) o poder das nossas palavras, b) o poder das palavras dos outros e c) o poder das palavras de Deus. Examinei as Escrituras fielmente, e também como muitos ministros do evangelho pelo mundo fora, incluindo nós aqui em Kwasizabantu, temos sido veementemente vituperados por avalanches de ataques cerrados pelo poder das muitas palavras. Nesta “carta aberta aos irmãos” por Demas, tentei aplicar a forma como facilmente se desinforma com autoridade, cabendo apenas ao tipo de mente e estado de espírito daquele momento de quem ouve e de quem fala. Todos os pontos focados não serão verdadeiros, mas sim actuais e factuais. Qualquer ataque a Paulo está a ser repetido sobre quem divulga Deus através dum coração puro. Todas as ilustrações são obviamente reconstruídas a partir de pressupostos e postos à prova por conceitos extremos de irracionalidade. Uma das suposições que pode vir a transparecer, é de que existem ministros de Deus que não estão de acordo com as Escrituras. Isto rejeito.       

Que a carta de Demas sirva o propósito para o qual foi escrita, como aviso a todos aqueles que crêem para que se afastem das muitas palavras, pois poderão estar a danificar a obra do Deus que amam. Mas, dentro deste mesmo contexto, a heresia terá de ser sempre debatida e rebatida, pois se falam mentira para destruir, falemos distintivamente a verdade com a finalidade de construir. Existe uma pequena alínea de separação entre ataques cerrados à verdade e critica honesta e decente.


Kjell Olsen (Julho de 2000)