CLIQUE AQUI OBRA COMPLETA MEU EXTREMO PARA ELE Oswald Chambers (1874-1917) |
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De Abril |
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Jesus acabara de entrar triunfante em Jerusalém e a cidade agitou-se e perturbou-se até seus fundamentos. Mas, havia ali um deus estranho: o orgulho do farisaísmo; era religioso e correcto mas não passava de um "sepulcro caiado, que, por fora, se mostra belo, mas interiormente está cheio de ossos de mortos e de toda imundície!", Mat.23:27.
O que me está cegando neste "meu dia"? Terei um deus estranho - não um monstro repelente, mas uma inclinação atraente que me governa? Mais de uma vez Deus já me colocou frente a frente com esse deus e percebi que teria que entregá-lo, mas não o fiz. Atravessei a crise escapando por um milagre e após isso achei-me segurando esse deus estranho ainda; estava cego às coisas devidas à minha paz. É constrangedor pensar que podemos estar a ouvir o Espírito de Deus a falar-nos livremente para ainda assim aumentar na nossa própria condenação aos olhos de Deus.
"Se conheceras..." Deus fala direccionado
para o coração, apontando nele, seguido daquelas lágrimas de Jesus. Essas
palavras implicam a existência duma responsabilidade culposa; Deus
responsabiliza-nos até por aquilo que não vemos. "Mas, isto está agora oculto aos teus
olhos" - porque a nossa inclinação natural nunca foi entregue a ele. Que
profunda tristeza a dessa expressão: "Poderia ter sido!" Deus nunca abre
portas que tenham sido fechadas. Ele abre outras portas, mas, faz-nos
lembrar que existem portas que nós fechamos, portas que nunca precisariam
ter sido fechadas, pensamentos que nunca precisariam ter sido manchados.
Não se atemorize quando Deus lhe trouxer à lembrança o passado. Deixe que
a memória actue a seu favor, em forma de lembrança. Ela é ministra de
Deus, com suas reprovações e correcções, produzindo dor. Deus
transformará o que "poderia ter sido" numa lição para uma sementeira
promissora de futuro.
José Mateus