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Oswald Chambers

(1874-1917)

2 De Dezembro
Perfeição Cristã
"Não que eu o tenha já recebido, ou tenha já obtido a perfeição..." Fil.3.2

Trata-se de um erro crasso aludirmos que Deus quer fazer de nós exemplos de perfeição como criaturas dele. O projecto de Deus é fazer-nos um com ele acima de tudo. Alguns movimentos de renovação tendem a ensinar que Deus está a produzir espécimes de santos para colocar no seu museu celestial ou aqui na terra. Caso permita-se a veleidade de embarcar nessa ideia de santidade pessoal e exclusiva, o seu alvo principal não será Deus, mas, o que você chama de manifestação de Deus em sua vida pessoal. "Nunca poderá ser vontade de Deus que eu fique doente". Se foi vontade de Deus ferir seu próprio Filho, por que razão você não seria ferido como filho dele também? O que conta para Deus não é a sua fidelidade à ideia do que deve ser um "santo", mas, antes e acima de tudo o relacionamento vital que mantém com Jesus Cristo e a sua entrega a ele individualmente, quer você esteja enfermo ou num estado excelente de saúde.

A perfeição evangélica não é e nunca será um tipo de perfeição humana. A perfeição cristã é uma perfeição existente e real vinda e nascida a partir dum relacionamento vivo que se mantém com Deus em absoluta exclusividade, a qual se pode manifestar desde as coisas mais irrelevantes da vida humana, como de todas as outras. Quando obedecemos ao chamado de Jesus Cristo, a primeira coisa que notamos é a irrelevância, para Deus e nós, das coisas que, supostamente, temos de fazer e o que notamos de seguida, é o fato de que as outras pessoas parecem estar a viver vidas perfeitamente coerentes. Tais pessoas tendem a deixar-nos com a impressão de que Deus é desnecessário e que, mediante a dedicação e o esforço humano, poderemos alcançar o padrão devido e plenamente desejado por Deus em nós. Num mundo decaído, isso jamais será possível sem o poder de Deus efectivado em nós mesmos ainda aqui. Somos chamados a viver em perfeita harmonia com o nosso relacionamento com Deus, com a finalidade expressa de que a nossa vida possa trazer e produzir noutros um grande anseio por Deus e não pela santidade apenas e muito menos admiração pela nossa pessoa. Preocupações e ilusões acerca de nós próprios, tratarão de diminuir drasticamente a nossa utilidade em relação a Deus. Deus não visa apenas aperfeiçoar-nos para que sejamos peças de exposição em seu teatro de guerra contra o pecado; o Seu alvo é levar-nos ao ponto onde possa usar-nos através de Jesus Cristo também. Permita que ele possa e tenha como fazer o que Lhe agrada imenso.

José Mateus
zemateus@msn.com