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Oswald Chambers

(1874-1917)

14 De Janeiro

Chamados de Deus

"A quem enviarei e quem há-de ir por nós? Disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim", Is.6.8.

Deus não dirigiu este chamado a Isaías; o profeta ouviu Deus dizer: "Quem há-de ir por nós?" O chamado de Deus não é para uns poucos escolhidos, é para todos. Ouvir ou não o chamado de Deus depende do estado em que se acham meus ouvidos; e o que ouço depende da minha disposição quando ouço. "Muitos são chamados, mas, poucos escolhidos", ou seja, poucos se manifestam como os escolhidos. Os escolhidos são os que passaram a ter um relacionamento com Deus através de Jesus Cristo, pelo qual sua disposição passa a ser modificada e seus ouvidos são abertos para terem como ouvir a voz tranquila e suave a indagar a tempo inteiro: "Quem há de ir por nós?" Não será uma questão de Deus separar um homem e dizer-lhe: "Olha, vai!" Deus não exerceu sobre Isaías nenhuma pressão; ele estava na presença de Deus e ouviu d’Ele esse chamado e logo percebeu que não lhe restava nenhuma outra alternativa senão dizer, numa liberdade consciente: "Eis-me aqui, envia-me a mim." Tire a ideia da cabeça de esperar que Deus lhe venha com coações e apelos. Quando o Senhor chamou seus discípulos, não houve nenhuma coação externa irresistível. A serena e terna insistência do seu "Segue-me" foi dirigida a homens que estavam com todas as suas faculdades em estado de alerta.

Sempre que permitirmos que o Espírito nos coloque face a face com Deus, também ouviremos algo semelhante ao que Isaías ouviu, a voz tranquila e suave de Deus; então, em perfeita liberdade poderemos dizer também: "Eis-me aqui, envia-me a mim".

José Mateus
zemateus@msn.com