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Oswald Chambers

(1874-1917)

21 De Julho
A Entrada e o Caminho do Reino
"Bem-aventurados os pobres de espírito", Mat.5.3

Tomemos o cuidado de não apresentar o Senhor primeiro como Mestre. Se Jesus Cristo é apenas Mestre, a única coisa que ele pode fazer é atormentar-me com um padrão ao qual não posso corresponder. De que adianta apresentar-me um ideal que jamais conseguirei alcançar? Seria mais feliz sem conhecê-lo. De que adianta dizer-me que devo fazer o que nunca conseguirei perpetuar - ser puro de coração, fazer mais do que o meu dever, ser consagrado a Deus de forma perfeita? Preciso conhecer Jesus Cristo como meu Salvador para que seus ensinamentos representem para mim mais do que um mero ideal que tende a levar-me ao desespero. Depois de nascer de novo, do Espírito de Deus, perceberei que Jesus Cristo não veio apenas para ensinar; veio para fazer de mim aquilo que ele ensina que devo ser. A redenção significa que Jesus Cristo pode colocar em qualquer pessoa a mesma disposição que governou a sua própria vida e todos os padrões estabelecidos por Deus se baseiam nessa disposição que torna a obediência simples e concisa.

Os ensinamentos do Sermão do Monte levam o homem natural ao desespero - exactamente o que Jesus desejaria que fizesse. Enquanto abrigamos a noção farisaica e pretensiosa de que podemos cumprir o que Jesus ensinou, Deus nos deixará prosseguir até esbarrarmos nossa ignorância contra algum obstáculo; só então nos pré-disporemos a ir ter com ele como pobres de espírito para recebermos dele tudo que devemos ser. "Bem-aventurados os pobres de espírito"; esse é o primeiro princípio básico do reino de Deus. No reino de Jesus Cristo, o essencial é pobreza e não o que possuímos ainda; não decisões e votos de fidelidade a Jesus Cristo, mas, um sentido oportuno de absoluta incapacidade sem ele: "Por mim mesmo, não posso fazer nada". Ao que Jesus responde: "Bem-aventurado és tu". Essa é a Porta estreita de entrada no reino. E levamos tanto tempo para acreditar que somos pobres! Mas, só o reconhecimento da nossa própria pobreza nos leva ao terreno fértil onde Jesus opera.

José Mateus
zemateus@msn.com