CLIQUE AQUI OBRA COMPLETA MEU EXTREMO PARA ELE

Oswald Chambers

(1874-1917)

30 De Julho
A Disciplina da Desilusão
"Mas, o próprio Jesus não se confiava a eles... porque ele mesmo sabia o que era a natureza humana", João 2.24,25

A desilusão põe fim aos juízos falsos. Ter os olhos abertos através da desilusão e do desapontamento pode deixar-nos cépticos e muito severos em nosso juízo em relação aos outros, mas a desilusão que vem de Deus leva-nos a ver as pessoas como elas realmente são. Isso, todavia, não nos leva ao cepticismo; nem teremos coisas amargas que ferem para lhes retornar. Muitas das experiências cruéis da vida provêm do facto de termos certas ilusões. Não somos fiéis uns aos outros em função do que na realidade somos, mas, apenas em função do juízo que fazemos uns dos outros. Tudo é ou maravilhoso e bonito, ou mesquinho e ignóbil, dependendo da ideia que fazemos sobre as coisas.

Grande parte do sofrimento da vida humana é causada por nossa relutância em nos desapontarmos. Acontece do seguinte modo: se amamos uma pessoa e não amamos a Deus, exigimos dela total perfeição e rectidão; como não encontramos isso nelas, tornamo-nos cruéis e com sede de vingança; estamos exigindo de um ser humano algo que ele não nos pode vir a dar. Só existe um Ser capaz de satisfazer o anseio profundo do coração humano e esse ser é o Senhor Jesus Cristo. A razão por que o Senhor parece ser tão rigoroso em relação a cada relacionamento humano, é que ele sabe que todo relacionamento não baseado na lealdade a ele primeiro, terminará em fracasso. O Senhor não confiava em ninguém, todavia nunca manifestou desconfiança nem amargura contra alguém. A confiança dele em Deus e no que a graça divina poderia fazer por qualquer pessoa, era tão perfeita que ele não entrava em desespero por causa de ninguém. Se colocarmos nossa confiança em qualquer ser humano, acabaremos por nos desesperar do resto mundo também.

José Mateus
zemateus@msn.com