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Oswald Chambers

(1874-1917)

12 De Março
Entrega Absoluta
"Então Pedro começou a dizer-lhe: Eis que nós deixamos tudo e te seguimos...", Mar.10.28

O Senhor responde que a dedicação tem que ser feita por causa dele e não apenas pelo que se pode ganhar com ela. Cuidado com a entrega pessoal que é feita visando o ganho e o lucro: "Vou-me entregar a Deus porque quero ser liberto do pecado, porque desejo tornar-me santo". Tudo isso é resultado de se estar bem com Deus, mas esse espírito é alheio ao cristianismo. A entrega pessoal não é, em absoluto, para se obter algo. A tal ponto nos comercializamos que só vamos a Deus para que ele nos dê alguma coisa de volta e não por causa dele próprio. É como se disséssemos: "Não, Senhor, não é a ti que eu quero, mas a mim mesmo; mas quero-me a mim mesmo limpo e cheio do Espírito Santo; quero ser colocado na tua sala de exposições, para poder dizer: "Eis o que Deus tem feito por mim". Se entregamos uma coisa a Deus apenas para que ele nos dê algo de volta, não há nada do Espírito Santo em nossa entrega; isso é um mísero interesse egoísta e comercial. Ganhar o céu, ser livre do pecado, tornar-se útil a Deus - tais interesses nunca serão tidos em consideração quando se faz uma verdadeira entrega a Deus, que consiste numa suprema preferência pela própria pessoa de Jesus Cristo acima de qualquer coisa.

Quando nos deparamos com aquelas barreiras de relacionamentos meramente humanos, onde está Jesus Cristo? A maioria de nós coloca-o de lado: "Sim, Senhor, eu ouvi o teu chamado, mas minha mãe está barrando meu caminho, minha mulher, meus interesses pessoais; não posso prosseguir." "Então", diz Jesus, "não podes ser meu discípulo"

Uma entrega total não leva em conta afectos ou devoções naturais. Vamos passar por cima delas e o amor de Deus envolverá todos aqueles a quem ferimos ao abandoná-los por amor a Deus. Tenhamos cuidado para não ficarmos aquém de uma entrega total a Deus. Para a maioria de nós a dedicação total fica-se sempre por um ideal, pois nunca chegamos a experimentar o que tal coisa pode ser, ainda.

José Mateus
zemateus@msn.com