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Oswald Chambers

(1874-1917)

20 De Novembro
O Perdão Vindo de Deus
"No qual temos... a remissão dos pecados", Ef.1.7.

Tenhamos cuidado com a tal concepção sobre a paternidade de Deus que é errónea, mas, que nos pode parecer agradável e que afirma: "Deus é um pai tão bondoso e amoroso que nos perdoará". Essa afirmação e explicação não se encontram em lado nenhum de todo o Novo Testamento. A única base que existe para Deus nos perdoar e nos reintegrar em sua graça total é a tremenda tragédia da cruz de Cristo dentro da humanidade; não há nenhuma outra base para tal. Falar do perdão partindo de qualquer outra base é blasfemar inconscientemente. Esse perdão, tão fácil de ser aceite por nós, custou ao próprio Deus o ter passado pela agonia do Calvário. É possível uma pessoa aceitar simplesmente pela fé o perdão do pecado, o dom do Espírito Santo e a santificação e esquecer o elevado preço que Deus teve que pagar para que tudo isso nos fosse possível ainda hoje.

O perdão é o milagre da graça divina sedeada em nós por nós; a cruz de Jesus Cristo foi o preço que Deus teve que pagar para poder perdoar o pecador e para o confirmar e ainda assim continuar e persistir como Deus santo que é. Nunca aceite um conceito sobre a paternidade de Deus que suprime a verdadeira essência da expiação que ele fez pelo pecado. A revelação que temos de Deus ali é que ele não pode perdoar apenas por perdoar; se o fizesse, contrariaria sua própria natureza santa e divina. O único meio através do qual podemos ser perdoados é a expiação consolidada dentro de nós também, a que nos reconcilia com Deus em natureza e em essência. O perdão de Deus só se pode tornar natural sendo o sobrenatural efectivado dentro de nós.

Comparada com o milagre do perdão do pecado, a experiência da santificação é coisa mínima. A santificação é apenas a maravilhosa expressão do perdão dos pecados dentro da própria vida humana; mas, o que pode vir a despertar a nossa mais profunda gratidão, será o facto de que Deus perdoou os nossos pecados por os haver retirado de dentro de nós. Paulo nunca se esqueceu disso. Depois que reconhecemos o alto preço que Deus pagou para ter como perdoar-nos, ficamos presos a ele, seguros pelo seu grande amor que toma o nosso lugar em nós.

José Mateus
zemateus@msn.com