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ABRIL 23

NOITE

 “Nisto vi, entre o trono (…) um Cordeiro em pé, como havendo sido morto”, Apoc 5:6

Porque razão apareceria nosso Salvador exaltado através das suas feridas em Sua glória? São as feridas de Jesus que são a Sua glória, os ornamentos que carrega, Suas jóias. Para todo olho apurado, Jesus é visto como belo porque Ele se apresenta em vestes brancas e ensanguentado; o branco é a cor da inocência e o Seu sangue fala por Si. Vemos n’Ele a brandura de toda a inocência e como uma roseira que foi podada e se cicatrizou em seu próprio sangue. Cristo é querido sobre o monte das Oliveiras e em Tabor, perto do mar, mas nunca se achará um mais belo que aquele pendurado numa Cruz. Ali exemplificou toda a Sua beleza infinita, todos Seus atributos reais, todo Seu verdadeiro carácter expressado. Amados, as cicatrizes de Cristo são a nossos próprios olhos mais esplêndidos que toda pompa e luxo dos reis mais audazes de circunstancia. A Sua coroa espinhosa tem nela mesma, um diadema imperial. É verdade que agora já não se ilustra com um Ceptro de cana partida, mas de Ouro flamejante. Jesus ainda aparece com todo a sumptuosidade dum Cordeiro degolado, revestido de uma coberta de nossas próprias almas n’Ele mesmo, as quais resgatou valentemente através de todo Seu sangue Redentor. Estes não serão apenas ornamentos de Jesus: eles constituirão para sempre os Seus troféus pessoais de verdadeiro amor em realce e de victória. Ele bateu-se pelo despojo com os mais valentes. Resgatou para Ele mesmo uma numerosa multidão, a qual nunca ninguém poderá contar e aquelas feridas serão o diadema das Suas cicatrizes mais profundas, a insígnia de toda a batalha. Se Cristo assim nos ama, ao ponto de nos querer manter em viva memória sobre Seu sofrimento por nós, quão preciosas nos deveriam ainda ser Suas feridas!

“Vejam como cada pisadura Sua,

Destila um odor de Salvação,

O qual cura a ferida que o pecado fez em nós,

E também todas as suas doenças mortais”.

 

“Essas feridas são bocas que proclamam Sua Graça,

As insígnias de todo Seu amor,

Os selos de todo amor que usufruímos,

Aqui e no Paraíso acima”

 

José Mateus
zemateus@msn.com