CLIQUE AQUI OBRA COMPLETA MEDITAÇÕES DE CHARLES SPURGEON

 

ABRIL 28

NOITE

 “Porque toda a casa de Israel é de fronte obstinada e dura de coração”, Ez.3:7 

Não existem excepções a isto? Não, nem uma, infelizmente. Até mesmo as pessoas mais escolhidas deste planeta, são assim descritos por Deus. Os melhores são assim tão maus? O que será dos piores então? Vem coração, analisa justamente o quanto contribuíste para que assim seja universalmente, quanto deves a esta acusação. E enquanto consideras tal coisa, aproveita para te envergonhares profundamente em tudo quanto for tua culpa. A primeira das acusações é obstinação, ou “dureza de testa”, uma ausência clara de vergonha santa, uma audácia para pecar. Antes de me haver convertido, eu pecava e não sentia qualquer pudor a essa ocorrência, ouvia falar de minhas muitas culpas sem que tal coisa me fizesse sentir humilhado. Eu até confessava minhas faltas para que tivesse como mostrar a vergonha que não sentia. Para um pecador ir à casa de Deus e pretender orar e louvá-lo, manifesta uma dureza altamente contagiante da maior espécie. Acho que não deve existir maior dureza que essa. Horror! Desde o dia que me converti, duvidei do meu Senhor mesmo na Sua cara, murmurei sem corar em Sua presença, adorei-O de forma desleixada, pequei sem me haver lamentado sobre isso. Se minha testa não era dura como aço, por certo teria sido mais temente em meu coração e obteria uma mais profunda dor na minha contrição! Ai de mim, pois sou um dos tais obstinados de Israel. A segunda acusação é dureza e nem me atreverei a querer passar por inocente nesta grande questão também. Antes, nada tinha em mim senão um coração de pedra e mesmo que agora haja obtido um coração novíssimo de carne, muitas réstias de minha dureza antecedente permanece comigo ainda. Eu não sou afectado pela morte de Jesus como deveria ser; nem tão pouco sou tocado pela perdição do meu próximo à minha volta! Muito menos contra a impureza crescente dos tempos, ou a favor dos castigos do Pai, das minhas próprias falhas, tanto quanto devia pelo menos! Ó Senhor, concede que todo meu coração se derreta em Tua presença, ao recitar os sofrimentos do meu Salvador! Que Deus me conceda que me veja logo livre desta dura pedra de moinho que se acha dentro de minha alma, este odioso corpo de morte! E que o Nome do meu Senhor seja exaltado em mim, que Seu sangue seja um solvente universal e que eu, mesmo eu, me derreta como cera diante duma chama.

 

José Mateus
zemateus@msn.com