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JUNHO 3

MANHÃ

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NOITE

“Humilhou-se a si mesmo”, Fil.2:8

Jesus é e será sempre o melhor instrutor de mansidão e humildade de espírito em todo o universo. Devemos aprender d’Ele diariamente. Vejamos como o próprio Mestre pegou numa toalha para lavar os pés dos Seus discípulos, um a um. Seguidor de Cristo, vai humilhar-se a si próprio também hoje? Olhe para o Servo-mor, o Servo dos servos e logo verá que nunca mais terá porque se exaltar a si mesmo. Este trecho é o compacto de Sua biografia: “humilhou-se a Si mesmo”! Ele não chegou aqui na terra para se aproveitar de cada momento de glória que achasse disponível e conceber glória para Si mesmo, mas sim para se despir de cada vestimenta dela, até que, finalmente na cruz, derramou até Seu próprio sangue, dando tudo quanto tinha, chegando a estar mesmo sem nada pendurado num madeiro e servindo-se duma sepultura emprestada. Até onde foi levado nosso Redentor! Como poderemos nós ainda pensar em ser orgulhosos? Segure seu espírito – se puder – diante da cruz e olhe para Ele, contando as gotas avermelhadas que caem de lá, pelas quais é limpo de tudo quanto possui. Olhe para aquela coroa espinhosa, os ombros dilacerados, cortados. Olhe para as mãos e pés trespassados por metal ferrugento, criando um ambiente à Sua volta de escárnio e gozação! Veja toda aquela amargura que O atingiu, as pancadas que furaram seus pés limpos no andar, aquele espectáculo sangrento que se exibiu em Seu próprio rosto. Oiça o grito “Meu Deus, Meu Deus, porque Me abandonaste?” E se mesmo assim não cair sobre seu rosto, prostrado diante d’Ele, então será porque nada viu. Se não se sentir constrangido a humilhar-se diante de Jesus, não o conhece na realidade. Está tão perdido que apenas aqueles sacrifícios do Filho do Homem o terão como salvar. Pense nisso e tal como Jesus se deteve ali por si, pare em solidão de espírito, humildemente e de cabisbaixo a Seus pés. Ganhe aquele sentido de toda a realidade do o Seu amor por si também, que preferiu sempre humilhar-se, do que levar em conta que somos culpados diante d’Ele. Que o Senhor nos leve a tomar consciência do Calvário, para que assim, nessa posição, nos humilhemos ao ponto de deixarmos de ser iracundos e presunçosos de vez, cheios de todo o orgulho, mas antes tenhamos o coração de quem ama muito por lhe haver sido perdoado bastante. O orgulho nunca sobreviverá diante da contemplação da Cruz. Sentemo-nos por ali mesmo para aprendermos essa grande lição para de seguida nos erguermos e levarmos para a prática de tudo quanto pudemos aprender

 

José Mateus
zemateus@msn.com