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MAIO 15

MANHÃ

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NOITE

“Os justos aperfeiçoados”, Heb.12:23

Recolha na sua memória que existem duas partes distintas de toda a perfeição da qual qualquer crente necessita ser participante: a perfeição em toda a justificação e na santificação operada também através do próprio Espírito Santo. Neste presente momento, toda a corrupção mantém-se perto de quem crê – a experiência nos revela assim. Dentro de nós ainda aparecem situações de sentimentos que nos servem de provações e tentações. Mas alegro-me ao saborear o que Deus faz em mim, sabendo que terminará oportunamente toda a obra que começou em meu ser e apresentará meu espírito e corpo, não apenas aperfeiçoado em Cristo, mas sem mácula e sem qualquer mancha perante o Pai. Pode este coração ainda mudar e ser santo como é Deus? Pode meu espírito que de vez em quando clama “Ó miserável homem que sou! quem me livrará do corpo desta morte” ficar completamente imune e intocável perante Deus, de forma que nada perturbará mais meus ouvidos e que nem um pensamento iníquo seja meu, nunca mais perturbando minha paz? Ó que dia feliz este! Que chegue logo, pois desejo passar este Jordão pela obra de toda a santificação, onde tudo se conclua aqui. Mas nem lá poderei atribuir a mim mesmo esta santidade que me veio oferecida pelo sangue do Senhor. Meu espírito terá assim seu último Baptismo no Fogo Espírito Santo. Mas como anseio chegar aos céus onde até deste corpo terreno me verei livre, onde toda a purificação se consumará. Nenhum anjo será mais puro que eu, pois terei porque dizer e exclamar, nem duplo sentido, “estou perfeitamente limpo e purificado” pelo sangue de Jesus e através da operação do Espírito Santo em mim. Ó, como deveríamos irromper em altos urros de alegria por termos à disposição de todos este poder do Espírito Santo, capaz de nos tornado assim eficazes a herdar tamanha herança irredutível, para que assim cumpramos nossas carreiras apresentando-nos perfeitos diante do Pai da santidade. Mas que esta esperança de perfeição não nos incite ainda a viver sem ela. Se ela consegue tudo isto em nós mesmos, nossa esperança não pode ser tornada vã pela promiscuidade: nossa fé só é genuína quando aceitarmos a perfeição como algo que nos purifica aqui e agora. Toda a obra da graça tem de obter lugar permanente em nós mesmos, ou então nunca terá como aperfeiçoar quem que se queira apresentar diante de Deus. Oremos para sermos cheios do Espírito Santo, para que assim possamos produzir frutos incessantes de justiça e perfeição.

 

José Mateus
zemateus@msn.com