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MARÇO 5

MANHÃ

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NOITE

“Diz à minha alma: Eu sou a tua salvação” Sal.35:3

Que retiro eu a partir duma observação desta doce forma de orar? Esta será a minha petição vespertina também. Mas que primeiro me seja uma meditação instrutiva. O texto informa-me antes de mais nada que David tinha as suas dúvidas. Porque outra razão oraria assim então, “Diz à minha alma: Eu sou a tua salvação”, caso não estivesse sendo assolado pela dúvida e pelo temor? Que eu ganhe animo, bom animo também, pois não sou o único santo a queixar-me da minha fé ser fraca. Se David vacilava, não necessito concluir que não sou crente apenas porque duvido de certa forma. A próxima coisa a ter em conta, é que David não estava satisfeito com esta situação de dúvida, enquanto temia e se questionava e por essa razão acercou-se do trono de misericórdia para reparar sua certeza e segurança, pois valorizou tal coisa como se de ouro fino se tratasse. Eu terei de labutar em prol dum descanso naquele Amado também e nunca me poderei dar e ter por satisfeito se o amor de Deus não estiver sendo derramado em todo o meu coração. Quando o noivo parece estar afastado de mim, minha alma deve ressentir-se de tal coisa imediatamente. Também apreendo a partir deste texto como David conseguia obter tanta segurança. Ele acercou-se do seu Deus exclamando, “Diz à minha alma: Eu sou a tua salvação”. Tenho de poder estar muito tempo a sós com Deus para que possa obter esta confirmação do amor de Jesus por mim. Se minha oração parar, meu olho de fé mingará e me arruinará inevitavelmente. Muita oração, é sempre sinónimo de muito experimentar do céu também. Desleixado na oração, lento serei no progredir em meu próprio caminho. Noto aqui que David nunca se dava por satisfeito a menos que a segurança que obtinha fosse real e divina. “Diz à minha alma”. Senhor diz isso a mim também. Nada menos que uma manifestação divina de toda a verdade deve satisfazer um crente. Mais ainda, David não achava descanso a menos que sua revelação sobre essa segurança contivesse nela mesma uma personalidade vivida. “Diz à minha alma: Eu sou a tua salvação”. Senhor, se dissesses isto a todos os santos hoje e não o dissesses a mim também, de que me serviria tal coisa? Senhor, eu já pequei, não mereço observar teu sorriso, pois mal ouso pedir de Ti tal coisa. Mas mesmo assim, “Diz à minha alma: Eu sou a tua salvação”. Que eu obtenha de Ti uma infalível, inquestionável, sempre presente sensação de te estar a pertencer e que Tu és meu também.

 

José Mateus
zemateus@msn.com