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MARÇO 30

NOITE

 “Esquadrinhemos os nossos caminhos, provemo-los, e voltemos para o Senhor”, Lam.3:40

Qualquer esposa que ama de verdade seu marido ausente, sempre anseia por sua vinda. Uma separação longa e retardada do seu amo será sempre um certo estado de semi-morte para seu espírito. Também é assim com toda a alma que ama muito ao Senhor Jesus, pois têm necessariamente de ver Sua face e nunca suporta que Ele esteja ausente e distante nas montanhas de Beter (Can.2:17), de forma que não disponha mais duma comunhão com Ele. Um olhar mais austero, um dedo levantado, aquele receio de poder ser ofensivo para com um Pai tão terno! Qualquer filho com um Pai assim só busca seu sorriso. Amados, já foi assim convosco também. Um texto das Escrituras, um pedaço do ceptro da correcção e lá foi você chorar aos pés do Pai, perguntando, “porque estás assim zangado comigo, Senhor?” É isso que se está a passar neste preciso momento? Está feliz por estar a ser guiado por Jesus, por haver chegado até aqui? Tem como suportar estar longe d’Ele sob repreensão? Tem como e porque se sentir bem sem sua comunhão intima com Ele? É isso coisa que o alarme? Pode você suportar que Seu mais amado ande contrário a si, porque você esteve andando em oposição a Ele? Ou seus pecados o têm separado do seu Deus e seu coração está descansando e acomodado nessa situação? Permita-me exortá-lo veementemente, pois é coisa muito grave, doença ruim mesmo, quando se pode viver sem se sentir mal existindo algo de mal entre si e Deus, sem desfrutar da presença  do seu Salvador! Que sintamos como é mau estar longe de nosso Salvador, não se importunando com a pequenez de todo esse amor que não sente a falta de Deus, nem a falta do tempo de comunhão com o Amado. Lamentem-se em vossas almas, chorem pela dureza desse coração corrupto! Recorde-se de como anteriormente recebeu amor e salvação d’Ele e acerque-se imediatamente de Seu perdão no sopé da cruz. Ali e só ali, terá como fazer convalescer seu espírito e sua alma. Não importa o grau de dificuldade, quão insensível é ainda, que tipo de morte experimenta ainda em si, mas voltemos de novo com trapos imundos diante d’Ele a chorar a nossa deplorável dureza de coração. Agarremo-nos a essa Cruz, olhemos para aqueles Olhos angustiados no sofrimento que lhe causou nosso pecado, banhemo-nos em Seu sangue para que assim nos faça voltar ao nosso primeiro amor! Isso restaurará a simplicidade de toda a nossa fé n’Ele, restituirá ao nosso peito um coração de carne e meigo.

 

José Mateus
zemateus@msn.com