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MARÇO 31

NOITE

 “Então Rizpa, filha de Aías, tomando um pano de cilício, estendeu-o para si sobre uma pedra e, desde o princípio da sega até que a água caiu do céu sobre os corpos, não deixou que se aproximassem deles as aves do céu de dia, nem os animais do campo de noite”, 2Sam.21:10

 

Se todo o amor duma mãe que se lamentou sobre seus filhos mortos ao fio da espada se prolongou por durante tanto tempo, com que amor consideramos nós os sofrimentos de nosso Senhor? Ela afugentava os pássaros dos defuntos: será que nós fazemos por afugentar aqueles pensamentos imundos e ensurdecedores de nossa mente quando estamos ocupados com temas sagrados e em nossa comunhão com Ele? Saiam, pássaros imundos e de mau agoiro! Deixem este sacrifício a sós! Ela suportou todo o calor do verão, as noites ao relento, as chuvas, sozinha e sem se abrigar. Todo o sono fugiu de suas pálpebras, seu coração nunca se aquietou. Vejam como amava a seus filhos! Pode esta mulher, de nome Rizpa, perseverar assim e deixar-nos envergonhados em nossos pouco atribulados momentos de provações inconvenientes? Somos assim tão acobardados por estes momentos que nem podemos vigiar um pouco com nosso Senhor? Ela até afugentou as feras dali, sua coragem se destacou, sendo mulher. E nós? Que fazemos para nos alojarmos aos pés de Jesus, que bestas afugentamos? Estes seus filhos foram mortos por mãos que não foram as suas e ela chorou amargamente e vigiou por ali mesmo. Que deveríamos nós fazer se, em nosso caso, foram nossos próprios pecados que crucificaram ao Senhor? Nossas obrigações são infinitas, nosso amor deveria ser fervoroso e nosso arrependimento mais real e profundo. Ser achado a vigiar com Jesus deveria ser nossa ocupação integral, proteger Sua honra nossa obra, sua cruz deveria ser nosso solário. Aqueles corpos em decomposição poderiam muito bem ter afugentado Rizpa dali pelo horror que estes exalavam, especialmente à noite. Mas, ao pé do Senhor não existe horror nem morte para contemplar, tudo por lá é atraente. Nunca em nenhum lugar, a vida se tornou mais bela que no contemplar de nosso Senhor. Jesus, nós vigiaremos contigo ainda mais um pouco, por essa razão manifesta-Te a nós. Assim nunca mais nos assentaremos sob trapos e sacos de arrependimento, mas num pavilhão de glória infinita

 

José Mateus
zemateus@msn.com