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SETEMBRO 12

MANHÃ

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NOITE

“Cantarei a benignidade e o juízo”, Sal.101:1

Fé triunfa sobre a prova. Quando a razão e a racionalidade são lançadas na prisão, com os pés atados em blocos, a fé torna as paredes dessa prisão entoarem melodias em notas que clamam “Cantarei a benignidade e o juízo; a ti, Senhor, cantarei”. A fé arranca a máscara da face perante a tortura e descobre um anjo sob ela. Fé encerra a nuvem negra e vê apenas que

“Esta grandeza pela misericórdia irromperá,

Em bênção sobre sua cabeça” 

Existe letra para uma canção mesmo sob os justos juízos de Deus sobre todos nós. Mas, em primeiro lugar, a provação nunca é pesada ao ponto de ser o quanto devia; em segundo lugar, o castigo nunca será tão severo como o que mereceríamos. E as nossas aflições nada são se comparadas com as cargas que outras almas solitárias levam sobre si mesmas. A fé vê que nas suas mais dramáticas tribulações de tristeza, nada existe que seja penal. Não existe nelas nada que seja parecido com a ira de Deus. Tudo nos é enviado em amor. Fé tem como distinguir o amor que brilha nas jóias à volta do peito dum Deus irado. Fé expressa-se assim de suas dores: “Este é um diadema de honra, pois porque sou filho, sinto a vara”. Após isso canta devido ao resultado da doçura que lhe advém das suas tristezas, pois operam em prol de seu bem espiritual. E não só, pois a fé afirma ainda: “Estas aflições são leves, pois virão apenas durante um momento e trarão até mim uma real glória excelsa”. Assim, a fé anda sobre seu cavalo negro, conquistando e fazendo conquistar, pisando sobre nossas aptidões carnais de sentidos levianos e entoando notas de cânticos de victória entre a parte mais densa da batalha.

“Tudo que encontro me assiste,

Em meu caminho para a alegria celestial:

Aqui, mesmo que tribulações me atendam,

Provas nunca me transtornarão”

 

“Abençoadas com um raio de glória,

Este caminho nunca esquecerei,

Mas exaltando clamarei e serei guiado,

Até ao assento do meu Salvador”

 

José Mateus
zemateus@msn.com