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SETEMBRO 14

MANHÃ

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NOITE

“Confessei-te o meu pecado, e a minha iniquidade não encobri. Disse eu: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a culpa do meu pecado”, Sal.32:5

A dor de David devido ao seu pecado, era amarga. Os seus muitos efeitos eram palpáveis mesmo no seu semblante: “os meus ossos se consomem”, “Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio”, Sal.32:4. Nenhum remédio se podia achar para Ele, até haver feito uma completa confissão dos mesmos perante o trono de toda a graça celestial. Ele relata-nos que por um certo tempo ele se mantinha em silêncio, seu coração se tornava mais e mais cheio de dor. Ele arranjava desculpas e meios de fugir, de desviar seus pensamentos, mas de nada lhe servia. Era como uma ferida interior que se fazia sentir quando não usava a arma da confissão e o tormento se apoderava de sua alma, não conhecendo descanso. Por fim, tudo aquilo deu nisto, ele voltou-se para seu Deus em penitência humilhante, ou então morreria no processo. Apressou-se assim para o trono de misericórdia e ali desenrolou os pergaminhos das suas iniquidades perante um Deus que tudo vê, reconhecendo até a impureza das suas palavras, tal como lemos no Sal.51 e outros Salmos de penitência. Havendo feito isto, uma obra tão simples e no entanto tão difícil para o orgulho individual, recebeu logo ali a selagem do perdão divino. Os ossos que se haviam partido, alegraram-se uma vez mais e ele saiu de seus aposentos cantando sob a bênção dum homem que foi perdoado. Veja-se o valor da graça – extrair uma confissão de pecado! É de louvar esta atitude, pois onde existe uma confissão integral genuína, a misericórdia é livremente outorgada, não porque o arrependimento e confissão mereçam perdão, mas por causa de Cristo. Abençoado Deus, existe sempre cura para um coração quebrantado; a fonte estará sempre fluindo para nos limpar de todos os nossos pecados. Na verdade, Senhor, és um Deus “pronto para perdoar”! Por essa razão reconheceremos nossas iniquidades.

 

José Mateus
zemateus@msn.com