PORQUE TEM JESUS TODA A AUTORIDADE PARA PERDOAR NOSSOS PECADOS?

Ora, para que saibais que o Filho do homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados (disse então ao paralítico): Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa. Mat.9:6 E acontecerá que, quando eu trouxer nuvens sobre a terra e aparecer o arco nas nuvens, então me lembrarei do meu pacto, que está entre mim e vós e todo o ser vivente…” Gen.9: 14,15

Jesus tem autoridade para fazer muita coisa. Mas sabemos que nunca passa por cima de Suas próprias leis e para ter a autoridade para fazer algo, Ele próprio apenas se compromete com os princípios, aos quais, tanto o Rei do Universo, como Seus súbitos se sujeitaram e comprometeram: a Lei do amor. O amor é tolerante, mas não suporta o pecado. Para ter como perdoar, o pecado terá de desvanecer, pois lemos que, “não posso suportar a iniquidade!” Isa 1:13 e “Deus é amor”.

Sabemos que o perdão é e se torna possível, com a renovação de raiz de quem é propenso a pecar. Pelas Escrituras (e pela lógica) podemos afirmar que Jesus perdoa, não quando alguém confessa que matou, ou alguém que deixa de matar apenas, mas sim a alguém que deixa de ser assassino de verdade – na sua essência, deixando seu coração de ser motivo para pecar, pois um assassino pode deixar de matar sem deixar de ser assassino, quanto um ainda mentiroso pode optar por não mentir sem com isso deixar de ser mentiroso. Alguém, como Caim, pode não matar mais pela perda que tal coisas lhe trariam uma vez mais, mas sem deixar de ser assassino. Lemos que, ao confessarmos a Jesus, Ele tem toda a autoridade para perdoar os pecados, porque é Ele quem tira “Os pecados do mundo”, isto é, que purifica no coração e na essência quando toca e perdoa. “Ele salvará o Seu povo dos Seus pecados”, Mat.1:21; por essa razão, “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e (também) nos purificar de toda injustiça”, 1João 1:9.

Se Jesus não puder remover de nós nossos pecados, demover-nos deles, o perdão será deveras impossível. Lemos que “E virá um Redentor a Sião aos que se desviarem da transgressão, diz o Senhor”, Is.59:20. Também que, “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia”, Prov.28:13. Se Jesus não tivesse como concluir uma obra que começou em nós, se não tirasse “o pecado do mundo” e do nosso coração, nunca teria tal autoridade pessoal para perdoar – nem Ele a desejaria ter tão-pouco. Se um anjo causou tais estragos que apenas um inferno e uma morte na Cruz irão solucionar, imagine colocar-se a reinar (num planeta ou algo assim, pois o Seu universo será sempre infinito!) alguém que nem se mudou em seu coração!

Ora, Jesus para ter tal autoridade de perdão, tem de ter algo com que remover o pecador de dentro do homem, na sua essência, através dum novo nascimento para uma novíssima pessoa. É este poder que lhe dá esta autoridade, pois sem conversão, nunca existirá perdão. “Arrependei-vos e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados”, Act.3:19. Este homem que acabaria por ser curado ali, seria dos tais que, pelo agradecimento, pela fé que exibiu em Jesus, seria salvo de ser quem foi até ali por dentro, “sendo crucificado com Cristo”. Por dentro, seria uma nova criatura, das tais que lemos em Is.32:3, “Os olhos dos que vêem não olharão para trás e os ouvidos dos que ouvem escutarão”. Jesus assegurou primeiro a salvação deste homem do pecado, para lhe poder dar o perdão. Sua fé lhe daria essa possibilidade claramente, pois “eis o Cordeiro que tira o pecado do mundo”. É hora de nos questionarmos também “grandemente maravilhados: Quem pode, então, ser salvo? (26) Jesus, fixando neles o olhar, respondeu: Aos homens isso é impossível, mas a Deus tudo é possível”, Mat.19:25-26.

Este é o real poder que muitas vezes se acha oculto dos olhos dos crentes que, na verdade, querem crer em Cristo sem razão para saírem de seus pecados, ou de se desviarem deles, quando o evangelho afirma precisamente que, “Deus suscitou a seu Servo e a vós primeiramente vo-lo enviou para que vos abençoasse, desviando-vos, a cada um, das vossas maldades”, Act.3:26; e ainda que “a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos, para que, renunciando à impiedade e às paixões mundanas, vivamos no presente mundo sóbria e justa e piamente”, Tito 2:11,12. Se Jesus não fosse um Salvador do pecado, caso Ele não conseguisse que o homem abandonasse seus pecados, Sua autoridade se recusaria a perdoar. Ele teria autoridade, então, mas para não perdoar. Por essa razão lemos que Cristo é uma pedra angular. “E assim para vós, os que credes, é a preciosidade; mas para os descrentes, a pedra que os edificadores rejeitaram, esta foi posta como a principal da esquina, (8) e: Como uma pedra de tropeço e rocha de escândalo; porque tropeçam na palavra, sendo desobedientes; para o que também foram destinados”, 1Ped.2:7-8. Estas pessoas, caso fossem obedientes, já não estariam destinadas a tropeçar na Palavra.

A Justiça humana perdoa pelo castigo cumprido, exclusivamente. Mas caso um criminoso morra, já não existirá castigo. Do mesmo modo, se o pecador morre para o pecado, acaba todo o castigo logo ali. Jesus perdoa pela morte do pecador dentro da criatura que criou anteriormente conforme à Sua imagem integral. Por isso afirma Paulo que “sabendo isto, que o nosso homem velho foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado fosse desfeito, a fim de não servirmos mais ao pecado. (7) Pois quem está morto está justificado do pecado”, Rom.6:6-7. Se o pecador morrer, morre o pecado. Caso essa justiça terrena tivesse como verificar em que estado se encontra o coração dum homem arrependido, de que havia morrido para o pecado, caso essa mesma justiça tivesse e obtivesse autorização do pecador para o transformar por dentro, mudando seu ser e essência, caso também essa mesma justiça tivesse como e porque assegurar reinar sobre essa pessoa pela Justiça (Justeza) que implantou nele, que tal homem se conduziria como um justo fiel de ora em diante e ao mesmo tempo reinasse sobre ele em todos os sentidos, mesmo na sua vida pessoal, caso pudessem baptizar esse criminoso julgado num Baptismo de Santidade e envolver todo seu ser em santidade real e liquida, tanto na sua essência como na sua conduta, logo poderia colocar tal “criminoso” em liberdade, pois pode assegurar que nunca mais existiria criminoso sobre aquelas pernas e teria então toda a autoridade de perdoar pecados também.

As cadeias são para remover o crime da sociedade. Mas se um criminoso tivesse como ser asseguradamente justo a partir dum dado momento, a sociedade estaria livre do crime na mesma, pois, implantou-se justiça, pois o criminoso morreu. Mas a justiça humana nunca poderá garantir essa autoridade a um Juiz, pois nenhum juiz humano tem tal poder nele mesmo. Por essa razão nunca terá autoridade de perdoar sobre a terra. Jesus tem tal poder n’Ele mesmo nesta terra e não apenas nos céus. Lemos que será aqui, pois, “o Filho do homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados” – é nesta terra onde um criminoso vai ser perdoado e purificado de todo seu pecado: “aqui na Terra como no Céu!” Será aqui onde ele poderá viver sem pecado porque, conforme lemos, “Aquele que é nascido de Deus não peca; porque a semente de Deus permanece nele e não pode continuar no pecado, porque é nascido de Deus”, 1João 3:9. O poder de Jesus é tal que, não precisa remover alguém do meio ambiente do crime para exterminar de vez a fonte do crime, porque a fonte do crime está nele mesmo e não no mundo – Ele assegura perdão aqui na terra, tão magnifico é tal poder – não precisa levar para o céu para extinguir e tirar todo o pecado de alguém.

José Mateus
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