A PURIFICAÇÃO TOTAL: COMO CONSEGUI-LA

"Quanto a mim, este é o meu pacto com eles, diz o Senhor: o meu Espírito, que está sobre ti e as minhas palavras, que pus na tua boca, não se desviarão da tua boca, nem da boca dos teus filhos, nem da boca dos filhos dos teus filhos, diz o Senhor, desde agora e para todo o sempre", Is.59:21

Se algum dia estas palavras se desviarem de nossas bocas, se ficarem escondidas, será apenas porque nos sentimos mal com o bem que está em nós, ou temos a nossa consciência pesada demais para nos afirmarmos como limpos. Se não confessamos pecado, não temos testemunho. Se não temos testemunho sentimo-nos mal desde logo falando de Deus, sentimo-nos hipócritas. Maioritariamente, por essa razão específica, cantamos muito, oramos muito alto para que todos vejam nosso esforço, esforçamo-nos em testemunhar como todos os perdidos, mas sem eficácia genuína e sem a evidente bênção de Deus sobre nós.

Mas, se o confessamos e ainda assim nos sentimos mal com o bem que penetra em nós, logo nos sentiremos muito pior lá no Céu onde tudo é muito mais intenso, muito mais daquilo que nos envergonhamos agora. Como viveremos lá então? Como obter este testemunho que fala por si mesmo, como chegar a ele então? A Bíblia diz-nos claramente que “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”, 1João 1:9. Não vou falar aqui do perdão, embora muitos crentes nunca hajam saído ainda perdoados dum confronto real com Deus, limpando todas as suas culpas uma a uma. Estes são os tais a quem Deus dirige as palavras: “Não consideram no seu coração que eu me lembro de toda a sua maldade; agora, pois, os cercam as suas obras; diante da minha face (ainda) estão”, Os.7:2. Reconheçamos que fala aqui com quem se considera povo Seu – mesmo nos dias de hoje.

Mas não é disto que quero falar. Sabemos que há que sair transformado dum encontro com Deus, há que sair purificado dele. Então, que terá a confissão integral de todos os nossos muitos pecados do presente e do passado, um a um pormenorizada e pausadamente a haver com a purificação? Muito, mas muito mesmo. Mas, depois disso, a Palavra ainda terá porque e como permanecer em nós, como Jesus disse, "Se a Minha Palavra permanecer em vós e vós em Mim...". Esta purificação da qual o versículo acima nos fala, é tão só aquilo que outros dizem, como Sal.51:6: “Eis que desejas que a verdade esteja no íntimo; faz-me, pois, conhecer a sabedoria no secreto da minha alma. Purifica-me com hissopo e ficarei limpo; lava-me e ficarei mais alvo do que a neve. Faz-me ouvir júbilo e alegria, para que se regozijem os ossos que esmagaste. Esconde o teu rosto dos meus pecados e apaga todas as minhas iniquidades. Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito estável. Não me lances fora da tua presença e não se retire de mim o teu santo Espírito. Restitui-me a alegria da tua salvação e sustém-me com um espírito voluntário. Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos e pecadores se converterão a ti”.

É obvio que Deus perdoa, não quando confessamos, mas quando deixamos de lado aquilo que acabamos de confessar para sempre como pecado a Deus, isto é, Deus perdoa um assassino quando este deixa de o ser. Por essa razão lemos em Prov.28:13: “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia”. Não poderemos pensar em crer que Deus nos perdoou o adultério quando ainda olhamos fugidiamente para a esposa do vizinho.

Mas, o que é que tem confissão a haver com o deixar o pecado de lado eternamente, para sempre? Tudo, a meu ver. Lemos que qualquer pecado morre por salvação directa, por intervenção directa de quem nos criou e isto dentro de nós: basta admitirmos da maneira certa pela motivação correcta. Não creio em vampiros, mas há algo nas suas lendas que quero usar aqui para ilustrar esta verdade. Os vampiros morriam quando expostas à luz. A Bíblia nos diz algo assim também: “Mas todas estas coisas, sendo condenadas, se manifestam pela luz, pois tudo o que se manifesta é luz”, Ef.5:13. Antes deste versículo podemos deduzir que todo pecado é sumariamente desfeito e desmoronado quando este é colocado na luz: assim se vence todo o tipo de pecado, confessando, expondo desde logo e não lutando contra ele descaradamente como o fazem os “crentes” actuais. É assim que morre desde logo, sem misericórdia, sem demora. É como o vampiro que morre e degrada-se logo, assim que é exposto à luz do sol. Assim morre todo o tipo de pecado quando voluntariamente exposto a Jesus como pecado. Amem.

José Mateus
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