Pedi a Deus toda a paciência… Tornei a pedir
e Ele me disse que não, porque a paciência seria produto de todo tipo de
tribulação e que se eu pedisse a tribulação é obvio que me daria a
paciência… Pedi a Deus felicidade e logo me tornou a dizer que não… Ele
disse que me daria as bênçãos e que a minha felicidade nelas dependeria
do que eu fizesse…. Se as amasse, seria feliz, mas se não as desejasse
conforme eram, seria infeliz. Pedi, então, que me poupasse da dor, que
evitasse o sofrimento em minha vida… Respondeu que também não poderia
fazer tal coisa….”É que”, disse, “é no teu sofrimento que te acercas de
Mim, pois dele depende toda tua vida – como virias a Mim então?”. Pedi A
Deus, então, que meu espírito se tornasse maduro e evoluído…. Respondeu
que também não, pois, disse Ele, que teria de crescer só para que Ele
tivesse como me podar para frutificar …. Pedi então para me permitir
gozar as coisas desta vida, ao que Ele respondeu que me dava vida para
gozar a terra e o céu e que era algo impossível de ser atendido por essa
razão. Dava-me vida para gozar as coisas e não coisas para gozar a vida.
Pedi, finalmente para me ensinar a amar o meu próximo como Ele os amava…
ao que Ele me respondeu sem hesitar: “Agora sim, entendeste bem do que
se trata! Receberás amor como prémio para distribuir pelos outros
ainda…”
Tradução de José Mateus
zemateus@msn.com