DEUS SALVANDO
“Porque
pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de
vós, é dom de Deus”,
Mal.3:8
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Qual é a sua maior confiança? Qual é a pessoa em quem
mais confia na face da terra? Consegue responder
acertadamente?
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A
pessoa em quem mais confiamos na terra (quando não
confiamos somente em Cristo) somos nós mesmos. O pecador
confia mais nele que no ar que respira! O homem, a seus
próprios olhos, está sempre certo; consegue fazer tudo
bem ou sozinho; briga e grita quando não lhe deixam
fazer o que quer ou como quer; se não tiver como ou
porque confiar em si mesmo, sente-se perdido e sem rumo.
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Por isso, o maior concorrente de Deus para a nossa
salvação é o próprio homem. O homem sempre foi e sempre
será o seu próprio inimigo - o seu inimigo principal.
Por isso é que Deus vem salvar o homem dele mesmo, da
sua carne e de tudo mais que tem a haver com ele. Quem
mais atrapalha a nossa salvação somos nós mesmos. Você
já experimentou fazer alguma coisa com alguém
atrapalhando querendo ajudar? Muitas vezes, Deus quer
ajudar-nos e nós andamos atrapalhamos com ideias, com
queixas e com a nossa própria força.
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Existe diferença entre sermos nós a mandar e sermos nós
a seguir obedecendo. Quando é Deus quem salva, somos
mais activos seguindo caminho direito, embora pareça que
estamos parados. Quando você anda de barco, você está
parado ou precisa correr dentro do barco para parecer
que está fazendo alguma coisa ou que está andando? E se
correr dentro do barco, apressará a viagem? O barco
andará mais depressa?
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E
quando somos nós mesmos a salvar-nos, andamos às voltas
no mesmo lugar sem nos darmos conta disso, isto é,
corremos de um lado para o outro em um barco parado. Uns
dão voltas maiores que outros, pois, têm rotundas
maiores. Por essa razão é que não se apercebem que andam
às voltas no mesmo lugar. Na verdade, recusam a
reconhecer que assim é, de facto.
Podemos concluir várias verdades sobre quando Deus salva e
quando é o homem que se tenta salvar a si próprio. Vamos ver
algumas situações.
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Quando o homem se salva a ele mesmo, sente-se confiante
e seguro caminhando para o abismo e para o nada. Sua
vida não resulta, consistindo apenas de aparências e
voltas em um mesmo lugar. Mesmo assim, confia e
motiva-se. Nunca deixa de ser confiante e esperançoso.
Engana-se a ele próprio para poder continuar, mente para
si mesmo, ilude-se e sonha com um Deus que lhe faça
todas as vontades, compra carros e vende carros,
passando o tempo. Quando chega a morte, a maioria ainda
persiste confiante na carne e em todas as suas
capacidades.
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Mas, quando é Deus quem salva e está realmente
salvando e transformando, o homem tende a sentir-se
desconfiado, inseguro, problemático, estranho,
complicado e/ou desconfortável. Mas, é necessário que
chegue o dia quando as coisas funcionam precisamente de
maneira inversa, isto é, quando é o homem quem se está
salvando a ele mesmo, ele deve sentir-se inseguro e
estranho; e deve sentir-se seguro sempre que não pode
confiar mais na força da carne, nele mesmo ou noutro
homem. Deve ser uma consequência natural e simples
sentir-se seguro somente nas mãos de Deus. Tem de chegar
o dia quando o homem desconfia de si mesmo (mesmo quando
tem de tudo ao seu dispor) e confia totalmente em Deus,
isto é, naquele em quem nunca conseguiria confiar
estando sujo de consciência e de coração.
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Uma pessoa que confia nela própria gosta de manter as
aparências. Ela vive das aparências ou, então,
desmotiva-se. E como depende das aparências para se
poder manter confiante, exerce pressão sobre as outras
pessoas mais próximas para o efeito, obrigando-as a
ajudarem-na a confiar nela mesma com mais calma, ainda
que errando, para sentir-se mais confiante nela mesma.
Pede auxilio e encorajamento para a auto-confiança. Por
isso é que a auto-motivação, a auto-confiança e outras
coisas próprias são as principais forças que o diabo usa
para poder destruir o homem.
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É
por aqui que vemos que a auto-confiança é um rival da fé
em Jesus, sendo que a fé é um fruto de uma comunhão e
não uma auto-criação. Contudo, a maioria dos pregadores
têm a auto-confiança como um aliado da fé e não como um
imitador da verdade. E quem fala da auto-confiança, fala
do pensamento positivo, etc. Se vivendo com Deus de
verdade já é positivo, por que razão devo 'positivar-me'
ainda mais? Não nos esqueçamos qual a razão principal
por que Paulo afirma que a confiança no dinheiro é
idolatria. Amem.
JOSÉ MATEUS
zemateus@msn.com