CUMPRIDORES E MANDÕES
“Melhor é
morar num canto do eirado, do que com a mulher rixosa numa
casa ampla; Melhor é morar numa terra deserta do que com a
mulher rixosa e iracunda; a goteira contínua num dia chuvoso
e a mulher rixosa são semelhantes”,
Prov.21:9,19; 25:17
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Hoje vamos falar do
papel da mulher como referência. Contudo, é como se
servisse de parábola para o homem também.
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Qualquer vida afecta
qualquer outra vida ao seu redor. Ninguém pode achar que
vive numa ilha. Não
existe um único
pecado ou erro que afecte apenas quem o cometeu. Os
pecados são como os terramotos, os quais destroem muitas
pessoas longe do seu epicentro. Imaginar que os seus
filhos, os seus amigos e outras pessoas não irão sofrer
com os seus erros é uma utopia, é uma cegueira própria
daqueles que não querem olhar os factos de frente porque
mantêm o intuito secreto de poderem ser egoístas e de
acharem que têm a liberdade ou algum direito de pecar.
Até devido à ausência de bênção nas coisas que faz, as
pessoas irão sofrer de uma maneira ou de outra. Um
divórcio não afecta apenas quem se divorcia; um roubo
afecta a vida das famílias de quem rouba e de quem é
roubado; vícios e droga afectam mais gente que aqueles
que consomem.
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O inverso desta
verdade incontestável também é real: não existe bênção,
virtude ou correcção de erro que deixe qualquer pessoa
indiferente perto de nós. Não tema corrigir-se diante
das pessoas se vai manter-se corrigido no futuro. Quem
se humilha, convida à humilhação; quem ora para obter
respostas, ensina a orar; quem olha para Jesus, ensina a
olhá-Lo de frente; quem abençoa ensina a abençoar.
Ninguém terá como evitar que isso aconteça. Um filho
torna-se obediente vendo a obediência do pai e da mãe,
etc.
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Mas, afectar alguém
para bem não significa que a pessoa afectada irá gostar
de ser afectada; e afectar para o mal também não
significa que irá desgostar de ser afectada. Na verdade,
o que as pessoas consideram pecado é normalmente aquilo
que alguém faz contra eles ou contra as suas vontades.
Raramente vêm o pecado exclusivamente como a
transgressão da lei de Deus. Deus, por outro lado, vê
como pecado aquilo que fazemos aos outros e não o que
nos é feito. Então, a opinião que conta será sempre a de
Deus. No fundo, sabemos que a nossa vida sempre afecta
qualquer um perto de nós, tal como a mulher rixosa e
mandona acaba afectando o marido, os filhos, o ambiente
em casa, os vizinhos, os familiares mais distantes, etc.
O segredo para a vitória em um homem casado que tem uma
mulher assim, é viver como homem e como homem de Deus,
isto é, viver a sua vida como se a mulher não existisse
e nem os palpites contínuos e rixosos dela. Não responda
e viva a vida de Deus seguindo Deus. Deus fará o resto.
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O mesmo deve
acontecer com a esposa santa vivendo com marido rixoso e
iracundo (orgulhoso), embora o papel da esposa em tal
situação seja mais difícil em alguns aspectos e mais
fáceis em outros. Por exemplo: a mulher santa é submissa
por natureza. O homem iracundo e rixoso é mandão. Logo,
ajuda muito o papel da mulher santa. Aparentemente não
existem incompatibilidades entre eles, mas só
aparentemente. Mas, quando é a mulher que é mandona e
não cumpre o papel bonito de submissão, o marido que,
além de ser homem, precisa ser homem de Deus dentro da
casa, tem maior dificuldade, necessita de maior
sabedoria e do tipo de autoridade vinda de Deus porque
ela quer subir ao trono da casa. É como se houvesse dois
touros em um mesmo curral. Na verdade, é mais feio para
uma mulher ser rixosa e mandona que andar nua na rua.
Sabemos que andar sem roupa na rua é escandaloso para
qualquer homem ou mulher – é bastante feio. Contudo, eu
creio que é mais feio ser mandona em casa. Aos olhos do
céu é muito mais feio. A verdadeira autoridade vem pela
submissão. São os complexos de inferioridade que fazem
as pessoas “agigantarem-se”. Agigantando-se, fazem
inferiores aos outros. Os que se agigantam têm, com toda
a certeza, a ideia errada sobre a autoridade. Jesus
mesmo disse que o menor será sempre o maior, seja de que
jeito for e leve o tempo que levar. Uma mulher submissa
a Deus e ao marido obtém tanta autoridade diante de Deus
quanto um homem verdadeiramente submisso a Deus. Esta é
uma lei da natureza. Ninguém conseguirá mudá-la, nunca.
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Vamos ver o papel do
homem que vive com mulher rixosa e mandona. Este homem
necessita de sabedoria vinda de Deus, paciência no tempo
de Deus e andar muito próximo de Deus – e apenas com
Ele. O que tal homem deve ter em mente é que Deus também
está contra sua mulher. “O Senhor resiste aos soberbos”.
Isto é, Deus não é indiferente para com os soberbos.
Logo, Deus há-de achar maneira de humilhar em público
tal bicho feio e imoral que, na verdade, é uma aberração
da própria natureza. Uma mulher mandona está em relação
ao casamento como um homossexual em relação ao sexo:
está torcida. O homem santo que vive com mulher assim
deve andar com Deus, falar pouco e certo, falar as
coisas de Deus oportunamente, para que quando elas se
concretizem, a esposa veja, aprenda e aprenda a
respeitar. Só assim ela poderá salvar-se. E se o homem
realmente deseja salvar a sua esposa, deve deixá-la
errar e ele deve fazer tudo que Deus quer do jeito que
Deus quer. A esposa vai errar com certeza e a sua
atitude podre acabará estourando no próprio rosto. Será
que ela vai aprender logo na primeira vez que estoura?
Creio que não. Logo, o marido andando com Deus vai
acertar e convencer a esposa através de seu procedimento
a longo prazo. As coisas ainda não aconteceram do jeito
que Deus lhe mostrou? Não desanime, acontecerão com
certeza. Por isso, não espere que a esposa mude logo com
a primeira ou com a segunda lição. O que faz a mulher
errar é o coração que ela tem e o que a fará acertar
será o coração dela e não as lições que aprende.
Concordar com o marido uma vez por outra por causa de
certas lições vindas de e operadas por Deus em Sua
ciência não leva a uma mudança de coração. É preciso que
o coração mude internamente e inteiramente por obra dela
em cooperação com Deus e em toa a obediência. Logo,
tendo o coração mudado, então concordará com o marido
que nunca se deixou afectar ou afastar de Deus por causa
dos maus caminhos/feitios dela. (Lembre-se que toda a
mulher mandona achará sempre que seus caminhos são os
mais certos. Ela ignora, contudo, “que existem caminhos
certos aos seus olhos que levam à morte”,
Prov.16:25). Assim que
Deus concretizar tudo quanto o marido fala, dará
autoridade ao homem da casa – não pelas exigências que
faz a ela, mas, pelas operações das providências
de Deus. Por norma, Deus só falará um tempo depois da
esposa errar e depois do fruto haver apodrecido. (Mas, a
mulher sábia muda antes que isso aconteça. É uma das
hipóteses). Por isso, tenha paciência e espere o tempo
certo. Deixe o fruto mau apodrecer. Deus logo falará. Se
um fruto estiver caído no chão você necessita pisoteá-lo
para estragar-se? Está separado da árvore! Se o pisar, a
esposa não dirá que o fruto se estragou por haver sido
pisado pelo marido? Então, não pise e deixe o tempo
falar sozinho. Deixe, pois, o fruto mau acaba
apodrecendo por si mesmo. Não perca seu tempo precioso
pisando o fruto mau. Cuide da sua intimidade com Deus e,
se assim fizer fielmente e exclusivamente, sua esposa
nunca estará perdida, pois será disciplinada pelo
próprio Deus. Lembre-se que Deus estará contra ela
também e não precisa que o marido se esforce através de
ameaças para que Deus se coloque contra tal monstrinho.
A mulher mandona e rixosa é uma aberração da própria
natureza. Nem Deus a atura. O confronto dela com Deus
será inevitável. Sua vida não terá como dar certo, a
menos que mude e mude rapidamente. Amem.
JOSÉ MATEUS
zemateus@msn.com